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Corrida "pirata" custa até metade do preço
No trajeto da Faculdade de Medicina até o Jd. Iguatemi, taxista irregular cobrou R$ 12 e o legalizado, R$ 21,50
Legalizados dizem que carro oficial gasta entre R$ 500 e R$ 800 por ano em custos como taxas, impostos e inspeções
Silva Junior/Folhapress
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Repórter da Folha desembarca de táxi clandestino em rua da área central de Ribeirão
DE RIBEIRÃO PRETO
O preço da corrida em um
táxi clandestino em Ribeirão
Preto pode chegar a 55%
-praticamente a metade-
do valor cobrado por um taxista em carro autorizado,
com identificação, cadastro
na prefeitura e taxímetro.
A diferença foi constatada
durante a última semana pela Folha. Sem se identificar,
a reportagem utilizou os dois
serviços no mesmo dia e em
horários semelhantes.
O clandestino foi abordado em frente ao número 62 da
rua Marisa, no Jardim Iguatemi. A "viagem" era até o prédio da Medicina da USP (Universidade de São Paulo), no
Monte Alegre.
O motorista anunciou o
preço antes mesmo de iniciar
o percurso: R$ 15. Quando
chegou ao destino, ele só tinha R$ 3 para trocar uma nota de R$ 20 e a corrida acabou
saindo por R$ 17.
Assim que o clandestino
deixou o local, outro carro irregular foi chamado -cartões de vários táxis "econômicos" estavam à disposição
no balcão da faculdade.
Depois de dez minutos, o
segundo táxi irregular chegou. Para transportar o passageiro de volta ao Jardim
Iguatemi, cobrou R$ 12. Disse
que era preço especial para o
novo cliente para ter "preferência" no futuro.
Com táxis oficiais, a reportagem fez os mesmos trajetos. O deslocamento até a
USP custou R$ 25 no taxímetro. O motorista legalizado
chamado para fazer o percurso de volta à rua Marisa demorou 20 minutos para chegar e cobrou R$ 21,50.
O valor fixo que o taxímetro acrescenta ao preço da
corrida, mais comumente conhecido como "bandeirada",
é maior em Ribeirão Preto do
que em cidades como Campinas e São Paulo.
O presidente da Coopertaxi, Antônio Davi Amorim,
afirmou que os preços dos
serviços legalizados são
maiores porque cada veículo
pode custar de R$ 500 a
R$ 800 por ano, entre impostos, taxas e inspeções.
Ele diz que os clandestinos
chegam a "tirar" 50% dos
passageiros dos regularizados.
(ARARIPE CASTILHO)
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