Ribeirão Preto, Domingo, 22 de Agosto de 2010

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Corrida "pirata" custa até metade do preço

No trajeto da Faculdade de Medicina até o Jd. Iguatemi, taxista irregular cobrou R$ 12 e o legalizado, R$ 21,50

Legalizados dizem que carro oficial gasta entre R$ 500 e R$ 800 por ano em custos como taxas, impostos e inspeções

Silva Junior/Folhapress
Repórter da Folha desembarca de táxi clandestino em rua da área central de Ribeirão

DE RIBEIRÃO PRETO

O preço da corrida em um táxi clandestino em Ribeirão Preto pode chegar a 55% -praticamente a metade- do valor cobrado por um taxista em carro autorizado, com identificação, cadastro na prefeitura e taxímetro.
A diferença foi constatada durante a última semana pela Folha. Sem se identificar, a reportagem utilizou os dois serviços no mesmo dia e em horários semelhantes.
O clandestino foi abordado em frente ao número 62 da rua Marisa, no Jardim Iguatemi. A "viagem" era até o prédio da Medicina da USP (Universidade de São Paulo), no Monte Alegre.
O motorista anunciou o preço antes mesmo de iniciar o percurso: R$ 15. Quando chegou ao destino, ele só tinha R$ 3 para trocar uma nota de R$ 20 e a corrida acabou saindo por R$ 17.
Assim que o clandestino deixou o local, outro carro irregular foi chamado -cartões de vários táxis "econômicos" estavam à disposição no balcão da faculdade.
Depois de dez minutos, o segundo táxi irregular chegou. Para transportar o passageiro de volta ao Jardim Iguatemi, cobrou R$ 12. Disse que era preço especial para o novo cliente para ter "preferência" no futuro.
Com táxis oficiais, a reportagem fez os mesmos trajetos. O deslocamento até a USP custou R$ 25 no taxímetro. O motorista legalizado chamado para fazer o percurso de volta à rua Marisa demorou 20 minutos para chegar e cobrou R$ 21,50.
O valor fixo que o taxímetro acrescenta ao preço da corrida, mais comumente conhecido como "bandeirada", é maior em Ribeirão Preto do que em cidades como Campinas e São Paulo.
O presidente da Coopertaxi, Antônio Davi Amorim, afirmou que os preços dos serviços legalizados são maiores porque cada veículo pode custar de R$ 500 a R$ 800 por ano, entre impostos, taxas e inspeções.
Ele diz que os clandestinos chegam a "tirar" 50% dos passageiros dos regularizados. (ARARIPE CASTILHO)


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