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Agora adultos, garotos que traficavam "querem nova vida"
DE RIBEIRÃO PRETO
Sempre pareceu muito natural a Pedro (nome fictício),
18, ver meninos em esquinas
vendendo drogas em seu
bairro, em Pirassununga.
Aos 12 anos, ele começou a
traçar o caminho que o levou
para atrás das grades.
Foi nessa fase que Pedro
experimentou maconha, influenciado por colegas. Deixou a escola na 7ª série.
Aos 15, passou para cocaína. Para sustentar o vício, pedia dinheiro para a mãe. Logo, começou a roubar. "Eu
roubava coisa no mercado,
como xampu, desodorante."
Para pagar pela cocaína,
começou a trabalhar como
traficante durante o dia.
"Minha mãe me via na rua,
ficava desconfiada. Falava
para eu ir trabalhar." A família descobriu o vício e conseguiu tratamento em uma clínica. Pedro saiu seis meses
depois, mas recaiu no vício.
O rapaz foi internado aos
16 anos por roubo. Saiu, mas
voltou a traficar e foi flagrado
pela polícia. Há um ano, está
internado em Ribeirão. Já
maior de idade, diz que não
quer repetir o erro.
"Eu refleti muito e vi que
não quero essa vida para
mim, para minha família."
A droga também está presente na vida de Flávio,18, e
Tiago, 19, internados por homicídio. Os dois admitem
que chegaram a traficar para
consumir cocaína.
Cientes de que um novo
deslize os levará à prisão, dizem querer um novo caminho. "Hoje me arrependo de
não ter escutado a minha
avó", disse Flávio, 18.
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