Ribeirão Preto, Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010

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Agora adultos, garotos que traficavam "querem nova vida"

DE RIBEIRÃO PRETO

Sempre pareceu muito natural a Pedro (nome fictício), 18, ver meninos em esquinas vendendo drogas em seu bairro, em Pirassununga. Aos 12 anos, ele começou a traçar o caminho que o levou para atrás das grades.
Foi nessa fase que Pedro experimentou maconha, influenciado por colegas. Deixou a escola na 7ª série.
Aos 15, passou para cocaína. Para sustentar o vício, pedia dinheiro para a mãe. Logo, começou a roubar. "Eu roubava coisa no mercado, como xampu, desodorante."
Para pagar pela cocaína, começou a trabalhar como traficante durante o dia.
"Minha mãe me via na rua, ficava desconfiada. Falava para eu ir trabalhar." A família descobriu o vício e conseguiu tratamento em uma clínica. Pedro saiu seis meses depois, mas recaiu no vício.
O rapaz foi internado aos 16 anos por roubo. Saiu, mas voltou a traficar e foi flagrado pela polícia. Há um ano, está internado em Ribeirão. Já maior de idade, diz que não quer repetir o erro.
"Eu refleti muito e vi que não quero essa vida para mim, para minha família."
A droga também está presente na vida de Flávio,18, e Tiago, 19, internados por homicídio. Os dois admitem que chegaram a traficar para consumir cocaína.
Cientes de que um novo deslize os levará à prisão, dizem querer um novo caminho. "Hoje me arrependo de não ter escutado a minha avó", disse Flávio, 18.


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