|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tambaú fecha unidades de saúde que atendiam 12 mil
Conselho Municipal de Saúde denunciou precariedade das unidades fechadas
Os funcionários que trabalhavam nos postos serão demitidos, pois, de acordo com a prefeitura, não eram concursados
DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de Tambaú fechou ontem de manhã duas
unidades de saúde por falta de
condições de atendimento ao
público. Cerca de 12 mil pessoas serão afetadas.
Os funcionários das duas
unidades serão demitidos pois,
de acordo com a prefeitura, não
eram concursados.
A decisão de fechar as unidades foi tomada pela prefeitura
depois de denúncias sobre falta
de estrutura feitas pelo Conselho Municipal de Saúde.
Segundo o conselho, na unidade do bairro Padre Donizete
não há geladeira para guardar
leite e vacinas, que ficam dentro de uma caixa de isopor.
Os atendimentos de ginecologia ocorrem na mesma sala
que abriga a administração e
onde é feita a desinfecção de
equipamentos hospitalares.
Na unidade do bairro Vila Salene, o conselho afirma que
uma reforma inacabada impede o acesso de usuários de cadeira de rodas.
Afirma ainda que há infiltrações no telhado e nas paredes,
além de problemas com mofo e
falta de equipamentos.
Quando chove o barro de um
dos cômodos, que está inacabado, cria uma enxurrada que escorre e suja toda a unidade.
"Nossa intenção não era que
o prefeito fechasse, mas, sim,
resolvesse os problemas. Não
acho que fechando os problemas serão resolvidos", disse a
presidente do conselho, Mariluci Lopes Faria.
O prefeito de Tambaú, Antônio Agassi (DEM), disse saber
das condições precárias dos
postos, mas priorizava o atendimento. Agassi foi reeleito no
ano passado. "Já que houve a
denúncia, vamos fechar. Assim
ficará até ser normalizado o
funcionamento. Dessa forma,
também não sou denunciado
ao Ministério Público", disse.
O coordenador municipal da
Saúde de Tambaú, Marcionilo
Pereira de Souza Filho, afirmou que de 12 a 14 pessoas que
trabalhavam nas unidades serão demitidas. "Cada unidade
atendia um público de aproximadamente 6.000 pessoas. Todas deverão ser atendidas em
outros postos", disse.
Segundo ele, são necessários
R$ 400 mil para reformar e reabrir as duas unidades.
O prefeito disse que o pronto-socorro central tem condições de atender a demanda. A
presidente do conselho discorda e diz que falta capacidade.
Texto Anterior: Painel Regional Próximo Texto: Foco: Ingressos para jogo entre Monte Azul e Corinthians começam a ser vendidos Índice
|