Ribeirão Preto, Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009

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Tambaú fecha unidades de saúde que atendiam 12 mil

Conselho Municipal de Saúde denunciou precariedade das unidades fechadas

Os funcionários que trabalhavam nos postos serão demitidos, pois, de acordo com a prefeitura, não eram concursados


DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de Tambaú fechou ontem de manhã duas unidades de saúde por falta de condições de atendimento ao público. Cerca de 12 mil pessoas serão afetadas.
Os funcionários das duas unidades serão demitidos pois, de acordo com a prefeitura, não eram concursados.
A decisão de fechar as unidades foi tomada pela prefeitura depois de denúncias sobre falta de estrutura feitas pelo Conselho Municipal de Saúde.
Segundo o conselho, na unidade do bairro Padre Donizete não há geladeira para guardar leite e vacinas, que ficam dentro de uma caixa de isopor.
Os atendimentos de ginecologia ocorrem na mesma sala que abriga a administração e onde é feita a desinfecção de equipamentos hospitalares.
Na unidade do bairro Vila Salene, o conselho afirma que uma reforma inacabada impede o acesso de usuários de cadeira de rodas.
Afirma ainda que há infiltrações no telhado e nas paredes, além de problemas com mofo e falta de equipamentos.
Quando chove o barro de um dos cômodos, que está inacabado, cria uma enxurrada que escorre e suja toda a unidade.
"Nossa intenção não era que o prefeito fechasse, mas, sim, resolvesse os problemas. Não acho que fechando os problemas serão resolvidos", disse a presidente do conselho, Mariluci Lopes Faria.
O prefeito de Tambaú, Antônio Agassi (DEM), disse saber das condições precárias dos postos, mas priorizava o atendimento. Agassi foi reeleito no ano passado. "Já que houve a denúncia, vamos fechar. Assim ficará até ser normalizado o funcionamento. Dessa forma, também não sou denunciado ao Ministério Público", disse.
O coordenador municipal da Saúde de Tambaú, Marcionilo Pereira de Souza Filho, afirmou que de 12 a 14 pessoas que trabalhavam nas unidades serão demitidas. "Cada unidade atendia um público de aproximadamente 6.000 pessoas. Todas deverão ser atendidas em outros postos", disse.
Segundo ele, são necessários R$ 400 mil para reformar e reabrir as duas unidades.
O prefeito disse que o pronto-socorro central tem condições de atender a demanda. A presidente do conselho discorda e diz que falta capacidade.


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