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Detidos por tráfico são maioria em semiliberdade
Dos 17 adolescentes apreendidos neste tipo de regime, dez são por tráfico
Modelo não priva garoto da liberdade; se não tiver apoio
da família, jovem pode voltar para o mundo da droga, diz promotor
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Além de ser o principal responsável pela internação de jovens infratores, o tráfico de
drogas também é o motivo de
adolescentes cumprirem medidas mais brandas, como a semiliberdade, em Ribeirão.
O número de garotos que
cumprem regime semiaberto
por causa do tráfico cresceu
desde novembro do ano passado, segundo Roberto Damásio,
diretor da Fundação Casa.
Dos 17 jovens na instituição
hoje, dez traficavam, proporção
maior que a de janeiro, quando
quatro dos nove internos eram
envolvidos com drogas.
O modelo não priva o infrator de sair às ruas. De noite, ele
dorme na unidade, mas de dia
frequenta aulas.
Segundo o promotor da Infância e Juventude de Ribeirão,
Naul Felca, se não houver o
apoio da família e um bom serviço do Estado, o jovem em pena branda volta ao crime. "Já
houve menino que por três vezes descumpriu a medida e
abandonou a semiliberdade."
Nestes casos, ele é apreendido e fica recluso por três meses
até voltar para a semiliberdade.
É o caso de Murilo (nome fictício), 18: após passar quatro meses na unidade, quis voltar para
casa e trabalhar de pedreiro.
Após a sanção, voltou para a
cumprir pena no regime semiaberto e, agora, quer estudar.
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