Ribeirão Preto, Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009

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Chácaras em SP foram usadas como locais de interrogatório

DA FOLHA RIBEIRÃO

Casas e chácaras espalhadas pelo Estado foram utilizadas pelos aparelhos repressores como locais de interrogatórios e torturas clandestinas. Por isso, de acordo com o jornalista Ivan Seixas, diretor do Fórum dos Ex-presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, não é impossível que a fazenda em Jaborandi tenha funcionado com essa função.
Para Seixas, a descoberta dos documentos é importante, inclusive, porque pode contribuir na busca de informações sobre desaparecidos políticos. As fichas ainda não foram pesquisadas com detalhes, nem expostas ao público, porque passam por tratamento técnico.
"É a prova maior de que os documentos não foram destruídos. Eles estão com os caras. Eles levam para casa, escondem, mas mantém vivos para em qualquer oportunidade usar novamente contra a gente", disse Seixas.
Sobre o delegado, que ele conheceu no Dops, Seixas afirma: "ele sabia tudo o que acontecia lá dentro. Mas não se tem registro de que ele fosse um torturador muito saliente". Seixas foi preso aos 16 anos junto com o pai, o mecânico Joaquim Alencar de Seixas, na década de 1970 -Joaquim foi morto sob tortura dois dias depois da prisão.


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