|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Polícia Civil pediu um "Caveirão" na cidade, diz Dárcy
Prefeita afirma que pedido foi feito pelo ex-seccional Rafael Rabinovici, durante reunião no ano passado
Ex-secretário nacional de Segurança classifica doação como "ridícula" e afirma não haver necessidade de veículo
HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO
A prefeita de Ribeirão,
Dárcy Vera (DEM), afirmou
que o "Caveirão" doado pela
administração à Polícia Civil
atendeu pedido do ex-delegado seccional da cidade Rafael Rabinovici, que comandava a unidade até o ano passado.
O "blindado tático", conforme definição da polícia, é
o primeiro do Estado. Segundo Dárcy, durante a reunião
com o delegado, foram discutidas as necessidades de
armamento e equipamentos
da polícia.
"Alguém, que não me lembro agora, deu a ideia de um
carro blindado e achamos
que poderia ser útil para a cidade, bem como para a segurança de toda a região."
A prefeita disse que entrou
em contato com a empresa
Brinks, que doou um veículo
do tipo "carro forte", avaliado em R$ 100 mil. O veículo
passou por adaptações que
custaram R$ 54 mil e o transformaram no "Caveirão" semelhante ao usado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O serviço foi feito pela Mib
Blindados. Foi bancado quase integralmente -R$ 50
mil- por emendas do vereador Samuel Zanferdini
(PMDB), que é delegado.
O blindado deve ser entregue até o final do ano para o
GOE (Grupo de Operações Especiais), responsável pela
atuação em conflitos graves
em 93 cidades da região.
"Nunca precisamos, mas é
importante que uma cidade
como Ribeirão e a região tenham esse tipo de segurança
para o futuro", disse Dárcy.
O ex-secretário nacional
de Segurança Pública José
Vicente da Silva Filho classificou como "ridícula" a doação do blindado à Polícia Civil. Para ele, além de não haver demanda, não é incumbência da Polícia Civil agir
em operações ostensivas.
"Há tanta demanda investigativa, que é atribuição da
Civil, que não vejo sentido
em deslocar policiais para
um trabalho num blindado."
O delegado seccional
Adolfo Domingos da Silva Júnior disse, via assessoria,
que não vai se manifestar enquanto o processo de doação
não for concluído.
Ainda segundo a polícia,
da mesma maneira que existe um grupo antissequestro
na cidade, embora não haja
casos frequentes, o blindado
é importante para que a polícia esteja à frente do crime.
Texto Anterior: 17 empresas são acusadas de sonegar R$ 17,2 mi Próximo Texto: Trânsito: Aposentado morre atropelado por ônibus no Ipiranga Índice | Comunicar Erros
|