Ribeirão Preto, Sábado, 23 de Outubro de 2010

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Polícia Civil pediu um "Caveirão" na cidade, diz Dárcy

Prefeita afirma que pedido foi feito pelo ex-seccional Rafael Rabinovici, durante reunião no ano passado

Ex-secretário nacional de Segurança classifica doação como "ridícula" e afirma não haver necessidade de veículo

HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), afirmou que o "Caveirão" doado pela administração à Polícia Civil atendeu pedido do ex-delegado seccional da cidade Rafael Rabinovici, que comandava a unidade até o ano passado.
O "blindado tático", conforme definição da polícia, é o primeiro do Estado. Segundo Dárcy, durante a reunião com o delegado, foram discutidas as necessidades de armamento e equipamentos da polícia.
"Alguém, que não me lembro agora, deu a ideia de um carro blindado e achamos que poderia ser útil para a cidade, bem como para a segurança de toda a região."
A prefeita disse que entrou em contato com a empresa Brinks, que doou um veículo do tipo "carro forte", avaliado em R$ 100 mil. O veículo passou por adaptações que custaram R$ 54 mil e o transformaram no "Caveirão" semelhante ao usado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O serviço foi feito pela Mib Blindados. Foi bancado quase integralmente -R$ 50 mil- por emendas do vereador Samuel Zanferdini (PMDB), que é delegado.
O blindado deve ser entregue até o final do ano para o GOE (Grupo de Operações Especiais), responsável pela atuação em conflitos graves em 93 cidades da região.
"Nunca precisamos, mas é importante que uma cidade como Ribeirão e a região tenham esse tipo de segurança para o futuro", disse Dárcy.
O ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho classificou como "ridícula" a doação do blindado à Polícia Civil. Para ele, além de não haver demanda, não é incumbência da Polícia Civil agir em operações ostensivas.
"Há tanta demanda investigativa, que é atribuição da Civil, que não vejo sentido em deslocar policiais para um trabalho num blindado."
O delegado seccional Adolfo Domingos da Silva Júnior disse, via assessoria, que não vai se manifestar enquanto o processo de doação não for concluído.
Ainda segundo a polícia, da mesma maneira que existe um grupo antissequestro na cidade, embora não haja casos frequentes, o blindado é importante para que a polícia esteja à frente do crime.


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