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Para empresas, imprudência é a maior causa
DA FOLHA RIBEIRÃO
Embora o estudo da USP pretenda reduzir os acidentes sugerindo mudanças técnicas nas
rodovias, há um consenso entre
os especialistas de que a imprudência por parte dos motoristas continua sendo um dos
principais causadores das mortes nas estradas.
O diretor superintendente da
Vianorte, Dalton Guerra Lages,
disse que o número de acidentes nas rodovias é cíclico, aumentando em alguns anos e reduzindo em outros. Para ele, a
imprudência colabora para a
alta no número de ocorrências.
"A falta de manutenção dos veículos é um dos problemas e até
mesmo o alcoolismo, que continua apesar da lei seca."
Segundo Lages, para tentar
evitar o aumento dos casos de
acidentes, a concessionária
atua em projetos de educação
de trânsito, que também objetivam reduzir a imprudência ao
volante. Atuam ainda em ação
coercitiva, em parceria com a
Polícia Militar Rodoviária, e o
trabalho de engenharia.
Neste último foco, segundo
Lages, a concessionária tenta
eliminar pontos críticos das rodovias, como sugere o estudo
iniciado pela USP.
Os focos de atuação para prevenção de acidentes também
são citados pelo superintendente de operações da Tebe,
Antônio Carlos Chinelato. Ele
disse que equipes técnicas percorrem mensalmente as rodovias para verificar os pontos
que precisam ser melhorados.
O professor Antonio Clóvis
Pinto Ferraz, da USP de São
Carlos, disse que o país progrediu bastante no que se refere à
legislação de trânsito, mas ainda é preciso avançar.
Um dos exemplos citado por
ele refere-se justamente à formação dos motoristas para direção de veículos em estradas.
"O motorista sai sem saber dirigir em rodovia, por isso precisaria incluir no processo de formação esse tipo de treinamento", disse Ferraz.
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