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VIOLÊNCIA
Para delegado, grupo que assaltou Banco do Brasil anteontem, em Ribeirão, conhecia o funcionamento da agência
Garra investiga "informação privilegiada"
da Folha Ribeirão
O Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) investiga o recebimento de "informações privilegiadas" pelos assaltantes da agência central do Banco
do Brasil de Ribeirão Preto.
A agência foi assaltada anteontem de manhã por cerca de 20 homens que mantiveram 12 reféns
desde quinta-feira. Os assaltantes
levaram R$ 9 milhões e não foram
localizados pela polícia.
O delegado do Garra, Sérgio Siqueira, afirma que há indícios de
que o grupo sabia de fatos que deveriam ser do conhecimento apenas de pessoas que ocupam cargos
de alto escalão.
De acordo com Siqueira, uma
empresa transportadora retiraria
uma quantia em dinheiro anteontem às 9h30. O assalto acabou meia
hora antes desse horário.
"Tudo leva a crer que os assaltantes sabiam a quantia de dinheiro
que havia na agência. Eles também
mostraram ter conhecimento do
esquema de segurança do banco",
afirma o delegado.
Representantes do Banco do Brasil em São Paulo que estiveram anteontem no 1º Distrito Policial
também ficaram espantados com a
segurança com que o grupo agiu.
Os funcionários do banco, que
não deram entrevistas, disseram
ao delegado Luiz Geraldo Dias que
os assaltantes mostraram ter conhecimento do funcionamento da
agência.
O assalto ao Banco do Brasil é
considerado o mais ousado já praticado em Ribeirão Preto. Em 98, a
cidade registrou 29 assaltos a bancos e este ano, já são duas ocorrências. "A diferença é que os roubos a
banco que normalmente registramos na cidade não requerem planejamento prévio", afirma o delegado do Garra.
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