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SAÚDE PÚBLICA
Maioria dos casos está relacionada às enchentes; só em Ribeirão, há oito ocorrências sendo analisadas
Região tem 16 suspeitas de leptospirose
da Folha Ribeirão
As cidades da região registraram
nas últimas semanas 16 casos suspeitos de leptospirose, doença
transmitida pela urina do rato misturada às águas de chuvas e que
pode levar o paciente à morte.
De acordo com as secretarias da
saúde, a maioria dos casos suspeitos pode estar relacionada às fortes
chuvas e enchentes ocorridas no final do mês passado.
Só em Ribeirão Preto, existem
atualmente oito casos suspeitos,
além de um já confirmado, ocorrido no início do ano.
Durante todo o ano passado foram registradas em Ribeirão Preto
dez suspeitas de leptospirose e
quatro confirmações.
De acordo com a chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão
Preto, Brasilina de Campos Salles
Cerqueira, os bairros com o maior
número de casos suspeitos são a
Vila Virgínia e o Adelino Simioni.
"Foram locais que tiveram problemas com enchentes. Estamos
fazendo um trabalho intensivo de
visita às famílias para monitorar
outras possíveis suspeitas."
A dona-de-casa Cleusa Aparecida Mendes dos Santos, moradora
da Vila Virgínia, diz que os ratos
aparecem principalmente à noite.
"Eles invadem todos os cômodos
e até mesmo o telhado. Fico com
medo de novas enchentes."
A demora na confirmação dos
casos está relacionada à necessidade de dois exames, realizados em
um intervalo de 15 dias.
"Só podemos confirmar os casos
depois da realização de dois exames", disse Brasilina.
Os principais sintomas da doença são calafrios, febre e dores musculares. A doença, para a qual não
há vacina, não é transmitida no
contato com doentes.
Os outros dois casos suspeitos
em Ribeirão Preto não estão ligados às chuvas, segundo a vigilância. Ainda de acordo com o órgão,
o único caso confirmado no ano
não está relacionado a enchentes.
Em Franca, existem atualmente
seis casos suspeitos da doença,
mas nenhum confirmado. De
acordo com a Vigilância Sanitária,
as possíveis causas ainda estão
sendo investigadas.
"É pouco provável que eles estejam ligados a enchentes e podem
até mesmo ter vindo de outras cidades ou da zona rural", afirmou
Érika Capobianco, chefe da Vigilância Epidemiológica.
Já em São Carlos, em razão das
chuvas ocorridas no final do mês
passado, há a suspeita de que um
garoto de 9 anos esteja com a
doença.
"Estamos aguardando o exame
de confirmação, mas, como a família do garoto se mudou, não tivemos condições de fazer a limpeza na casa", disse Vitor Fernandes
Júnior, chefe da Vigilância Sanitária Municipal de São Carlos.
Em Barrinha, uma dona-de-casa
de 24 anos está com suspeita de ter
contraído a doença, segundo a Vigilância Sanitária e Epidemiológica, que aguarda o segundo exame.
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