Ribeirão Preto, Sexta-feira, 24 de Julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Portuguesa faz proposta para virar condomínio-clube

Seis torres residenciais, de 26 andares cada uma, seriam construídas na área das piscinas desativadas

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A área da Associação Portuguesa de Esportes Atléticos, clube subutilizado perto da avenida Caramuru, em Ribeirão, deve virar um condomínio vertical. Um projeto para a construção de seis torres residenciais, cada uma com 26 andares, tramita na Secretaria do Planejamento e Gestão Pública. Fundada em 1993, a Portuguesa tem dívidas estimadas em R$ 80 mil, segundo seu presidente, Walcris da Silva.
De acordo com ele, o clube já fez contato com uma construtora e incorporadora de São Paulo, a Rabbit, que firmou um pré-contrato com a Portuguesa. Pelo acordo, o clube, afirma o presidente, ofereceria o terreno para o condomínio e a Rabbit custearia a construção e venderia os apartamentos.
Se o projeto for aprovado pela prefeitura, o local será o primeiro condomínio-clube vertical do bairro Vila Santa Terezinha, onde a construção acima de três pavimentos estava proibida até o ano passado.
A permissão foi dada após a Câmara aprovar, em 22 de julho de 2008, uma mudança na lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, uma das peças complementares ao Plano Diretor do município. Antes, o ex-secretário do Planejamento, Marcos Spínola de Castro, havia permitido a verticalização por meio de portaria, mas voltou atrás e enviou projeto à Câmara. A área da Portuguesa estava incluída na região do Boulevard, onde a construção de prédios altos é vetada.
A intenção do clube, segundo Silva, é manter funcionando as quadras de tênis, único setor que os sócios ainda usam. Para a construção do condomínio, seriam destinadas as áreas onde estão as sete piscinas, desativadas há quatro anos, e as quadras poliesportivas.
Segundo o arquiteto Eduardo Salata Orsi, responsável pelo projeto, o empreendimento é voltado ao público de classe média. A área útil dos apartamentos varia entre 80 m2 e 110 m2, dependendo da torre.
Por enquanto, não há aval da prefeitura para a obra. Anteontem, foi entregue à Secretaria do Planejamento e Gestão Pública o Estudo de Impacto de Vizinhança do empreendimento, obrigatório, de acordo com a legislação municipal, para construções verticais com área superior a 30 mil m2. A aprovação do documento precede a etapa final de análise.


Texto Anterior: Saiba mais: União muda critério para definir o que é surto
Próximo Texto: Boias-frias fazem greve em usina da Santelisa Vale
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.