|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Portuguesa faz proposta para virar condomínio-clube
Seis torres residenciais, de 26 andares cada uma, seriam construídas na área das piscinas desativadas
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
A área da Associação Portuguesa de Esportes Atléticos,
clube subutilizado perto da
avenida Caramuru, em Ribeirão, deve virar um condomínio
vertical. Um projeto para a
construção de seis torres residenciais, cada uma com 26 andares, tramita na Secretaria do
Planejamento e Gestão Pública. Fundada em 1993, a Portuguesa tem dívidas estimadas
em R$ 80 mil, segundo seu presidente, Walcris da Silva.
De acordo com ele, o clube já
fez contato com uma construtora e incorporadora de São
Paulo, a Rabbit, que firmou um
pré-contrato com a Portuguesa. Pelo acordo, o clube, afirma
o presidente, ofereceria o terreno para o condomínio e a Rabbit custearia a construção e
venderia os apartamentos.
Se o projeto for aprovado pela prefeitura, o local será o primeiro condomínio-clube vertical do bairro Vila Santa Terezinha, onde a construção acima
de três pavimentos estava proibida até o ano passado.
A permissão foi dada após a
Câmara aprovar, em 22 de julho de 2008, uma mudança na
lei de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo, uma das peças complementares ao Plano
Diretor do município. Antes, o
ex-secretário do Planejamento,
Marcos Spínola de Castro, havia permitido a verticalização
por meio de portaria, mas voltou atrás e enviou projeto à Câmara. A área da Portuguesa estava incluída na região do Boulevard, onde a construção de
prédios altos é vetada.
A intenção do clube, segundo
Silva, é manter funcionando as
quadras de tênis, único setor
que os sócios ainda usam. Para
a construção do condomínio,
seriam destinadas as áreas onde estão as sete piscinas, desativadas há quatro anos, e as quadras poliesportivas.
Segundo o arquiteto Eduardo Salata Orsi, responsável pelo
projeto, o empreendimento é
voltado ao público de classe
média. A área útil dos apartamentos varia entre 80 m2 e 110
m2, dependendo da torre.
Por enquanto, não há aval da
prefeitura para a obra. Anteontem, foi entregue à Secretaria
do Planejamento e Gestão Pública o Estudo de Impacto de
Vizinhança do empreendimento, obrigatório, de acordo com a
legislação municipal, para
construções verticais com área
superior a 30 mil m2. A aprovação do documento precede a
etapa final de análise.
Texto Anterior: Saiba mais: União muda critério para definir o que é surto Próximo Texto: Boias-frias fazem greve em usina da Santelisa Vale Índice
|