Ribeirão Preto, Sexta-feira, 24 de Setembro de 2010

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PF faz apreensão de computadores em Sertãozinho

Policiais voltam à empresa Smar que, em 2004, foi alvo de uma operação que resultou na prisão de diretores

Advogado diz não saber total de equipamentos apreendidos e crê que a ação não tenha relação com caso anterior

LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

A PF (Polícia Federal) de Ribeirão Preto fez uma operação na empresa de tecnologia de automação Smar, de Sertãozinho, ontem, que resultou na apreensão de microcomputadores e na dispensa de funcionários do setor administrativo.
Segundo a Folha apurou, o foco da operação foi a apreensão de notebooks e computares da Smar. Testemunhas disseram que a suspeita é de que a empresa tenha cometido novamente crime fiscal.
Em 2004, o ex-vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e sócio da Smar, Carlos Roberto Liboni, foi preso, com o fundador da empresa Mauro Sponchiado, os engenheiros Paulo Lorenzato, Edson Benelli, Gilmar Caldeira e Edmundo Gorini, atual presidente.
Os seis foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) sob a acusação de sonegação de R$ 250 milhões em impostos da União em quase 20 anos.
Ontem, assim que chegaram ao prédio administrativo da empresa, às 8h, os agentes da PF foram para o departamento financeiro e liberaram todos os funcionários, exceto os diretores da Smar que acompanharam o trabalho dos policiais.
O advogado da empresa Alberto Zacharias Toron disse que ninguém foi preso durante a operação e que total de equipamentos levados ainda é desconhecido.
"Ainda não sei o que foi apreendido. Dentro de dois a três dias seremos informados do que foi levado. Acredito que não tenha nada relacionado com as prisões de 2004", afirmou.
Questionada sobre a operação policial, a assessoria de imprensa da Smar informou que a empresa não iria se pronunciar.
Procurados pela Folha, o delegado da Polícia Federal Edson Geraldo de Souza, o procurador federal Carlos Roberto Diogo Garcia e o juiz da 7ª Vara Federal José Roberto Jurken afirmaram que não poderiam comentar a operação de ontem porque o processo está em segredo de Justiça.
Além do problema enfrentado em 2004, no ano seguinte a Smar foi novamente alvo de operação federal, com o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão em empresas do grupo. O MPF chegou a recomendar, em 2008, que a Petrobras não fizesse novos contratos com a Smar, por causa de sua situação.


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