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PF faz apreensão de computadores em Sertãozinho
Policiais voltam à empresa Smar que, em 2004, foi alvo de uma operação que resultou na prisão de diretores
Advogado diz não saber total de equipamentos apreendidos e crê que a ação não tenha relação com caso anterior
LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
A PF (Polícia Federal) de
Ribeirão Preto fez uma operação na empresa de tecnologia de automação Smar, de
Sertãozinho, ontem, que resultou na apreensão de microcomputadores e na dispensa de funcionários do setor administrativo.
Segundo a Folha apurou,
o foco da operação foi a
apreensão de notebooks e
computares da Smar. Testemunhas disseram que a suspeita é de que a empresa tenha cometido novamente
crime fiscal.
Em 2004, o ex-vice-presidente da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de
São Paulo) e sócio da Smar,
Carlos Roberto Liboni, foi
preso, com o fundador da
empresa Mauro Sponchiado,
os engenheiros Paulo Lorenzato, Edson Benelli, Gilmar
Caldeira e Edmundo Gorini,
atual presidente.
Os seis foram denunciados
pelo MPF (Ministério Público
Federal) sob a acusação de
sonegação de R$ 250 milhões
em impostos da União em
quase 20 anos.
Ontem, assim que chegaram ao prédio administrativo
da empresa, às 8h, os agentes da PF foram para o departamento financeiro e liberaram todos os funcionários,
exceto os diretores da Smar
que acompanharam o trabalho dos policiais.
O advogado da empresa
Alberto Zacharias Toron disse que ninguém foi preso durante a operação e que total
de equipamentos levados
ainda é desconhecido.
"Ainda não sei o que foi
apreendido. Dentro de dois a
três dias seremos informados
do que foi levado. Acredito
que não tenha nada relacionado com as prisões de
2004", afirmou.
Questionada sobre a operação policial, a assessoria
de imprensa da Smar informou que a empresa não iria
se pronunciar.
Procurados pela Folha, o
delegado da Polícia Federal
Edson Geraldo de Souza, o
procurador federal Carlos
Roberto Diogo Garcia e o juiz
da 7ª Vara Federal José Roberto Jurken afirmaram que
não poderiam comentar a
operação de ontem porque o
processo está em segredo de
Justiça.
Além do problema enfrentado em 2004, no ano seguinte a Smar foi novamente alvo
de operação federal, com o
cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão em
empresas do grupo. O MPF
chegou a recomendar, em
2008, que a Petrobras não fizesse novos contratos com a
Smar, por causa de sua situação.
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