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Pai é suspeito de matar o filho a tiros em Araraquara
Segundo parentes, o jovem de 21 anos era viciado em drogas, o que teria motivado o desentendimento
O estudante Anderson Arruda não tinha passagens pela polícia; crime chocou o distrito de Bueno de Andrada
HÉLIA ARAUJO
ENVIADA ESPECIAL A ARARAQUARA
Um homem de 47 anos é
suspeito de ter matado o filho
de 21 anos anteontem, no distrito de Bueno de Andrada,
em Araraquara.
Segundo a polícia, o pintor
Manoel da Silva estava discutindo com o filho, o estudante Anderson Ramos Arruda,
que era viciado em drogas.
Os dois saíram de casa brigando e durante o confronto
o jovem foi atingido com um
tiro no peito e um nas costas.
O crime ocorreu a cerca de
cem metros da casa da família e em frente a uma base da
PM. Ontem, a casa da família
foi apedrejada.
Silva fugiu logo depois do
crime e até a noite de ontem
não havia sido encontrado. O
jovem chegou a ser socorrido
pelo Samu, mas acabou morrendo ainda no local.
De acordo com informações de parentes, Arruda era
viciado em crack e cocaína
havia pelo menos quatro
anos. O estudante não tinha
passagens pela polícia.
Já Silva tem passagens por
agressão registrada na Delegacia de Defesa da Mulher e
por apropriação indevida.
AMEAÇAS
Investigadores do setor de
Homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais)
de Araraquara afirmaram
que pai e filho já vinham tendo problemas de relacionamento, pois o jovem estava
furtando objetos da família
para trocar por drogas.
Segundo os investigadores, Silva teria dado um prazo
para que o filho arrumasse
um emprego ou saísse de casa. O prazo venceu na última
quinta-feira e como Arruda
não cumpriu o acordo o pintor ateou fogo em algumas
roupas do jovem.
Quando viu o que o pai havia feito, o estudante acabou
colocando fogo em parte da
casa da família, no centro de
Bueno de Andrada.
Um boletim de ocorrência
foi registrado por Silva e desde então pai e filho trocavam
ameaças de morte.
Um irmão de Arruda disse
para a polícia que não sabia
que o pai tinha uma arma em
casa. Vizinhos da família
contaram que pai e filho brigavam constantemente.
Os cerca de 2.000 habitantes de Bueno de Andrada estavam assustados com o crime. A aposentada Geni dos
Santos, 64, disse que a tragédia "abalou" os moradores.
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