Consultas também foram adiadas na unidade do Sumarezinho

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A nova rodada de paralisação dos médicos da rede municipal de Ribeirão Preto piorou ontem o atendimento da UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central, com dispensa de pacientes. Na distrital do Sumarezinho, consultas também foram canceladas.
A paralisação deve seguir hoje, como forma de pressionar a prefeitura a reajustar os salários dos médicos, que ameaçam iniciar uma greve. Eles querem a incorporação de R$ 4.000 no salário, que consideram baixo. Hoje, o salário-base é de R$ 2.300 por 20 horas semanais.
A orientação da regional do Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo) é para que os profissionais façam uma triagem e somente atendam os casos de urgência -pacientes agendados devem ser mandados de volta para casa.
Na unidade central, que recebe o maior volume de pacientes, apenas 150 das 400 pessoas que buscaram atendimento pela manhã foram encaminhadas para o pronto-atendimento, de acordo com o gerente da unidade, Celso Luiz Lopes. As demais foram dispensadas.
"Entendo que hoje [ontem] houve um endurecimento maior pelos médicos em relação ao atendimento", afirmou Lopes, ao comparar com a paralisação dos médicos grevistas feita na segunda e terça-feira passadas.
Para pacientes com consulta marcada, também houve dispensas. Pela manhã, os 11 médicos em serviço atenderam normalmente até as 10h, quando integrantes do sindicato orientaram que eles selecionassem os pacientes. A partir dali, somente os casos graves passaram pelos médicos.
Na UBDS do Sumarezinho, o setor de consultas também foi prejudicado. Só situações mais graves, como pacientes que precisavam de medicamentos de uso contínuo, foram examinados. O diretor clínico da unidade, Omero Poli, disse que o esforço será para remarcar as consultas para esta semana, mas especialidades com maior procura só terão espaço na agenda na próxima semana.
Já na avaliação do secretário interino da Saúde, Stenio Correia Miranda, o atendimento esteve normalizado ontem nas cinco UBDSs, com a situação de triagem de pacientes mais presente na unidade central.


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