Advogada de Franca está presa já há um ano e seis meses, sob a acusação de ter participado de um assalto

Defensor de Telini diz que, sem condenação, não há motivo para ela seguir presa e que vai pedir habeas corpus

DE RIBEIRÃO PRETO

O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo anulou a sentença de condenação da advogada francana Adriana Telini Pedro, presa há um ano e seis meses na Penitenciária de Santana, em São Paulo.
Segundo o advogado de Telini, Rui Engrácia Garcia, o motivo do pedido de anulação da sentença foi feito por ele, alegando erros na instrução do processo.
"O acórdão ainda não foi publicado e por isso não sei exatamente quais dos argumentos que o TJ acatou para anular a sentença."
Telini foi condenada a 12 anos e oito meses de prisão sob a acusação de participar do assalto a uma vendedora de joias em janeiro de 2008 -o valor atingiu R$ 120 mil. A vítima chegou a ser baleada durante a ação criminosa. O noivo de Telini e um amigo também foram presos.
Agora o processo será novamente instruído e, posteriormente, julgado. "Vou entrar com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. Sem condenação, não há motivo para ela continuar presa", disse.
Ainda segundo o advogado, o prazo para que Telini fique presa sem condenação já expirou há um ano e três meses. "Ela já sabe da decisão do TJ e está na expectativa de que, desta vez, a Justiça conceda a liberdade provisória."
A advogada ficou conhecida nacionalmente após ser acusada de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e ser chamada para depor na CPI do Crime Organizado. Após ser acusada pelo roubo, ela teve a prisão preventiva decretada, mas conseguiu fugir. Ela só foi presa um ano depois, em março do ano passado, em Sumaré (região de Campinas).


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