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Crime choca as funcionárias do salão de beleza
DAS ENVIADAS ESPECIAIS A FRANCA
Valéria Gomes Freitas,
atingida por um tiro na cabeça disparado pelo marido, é
cabeleireira, dona de um salão de beleza localizado no
centro de Franca que é freqüentado pela classe média
da cidade. Sob seu comando,
trabalham 30 funcionárias.
Ontem, quando duas clientes
já esperavam por ela, a recepcionista Angélica Aparecida de Souza, 28, estranhou
o atraso da chefe e decidiu ligar para a casa dela.
"Ela trabalha mais que as
funcionárias. Quando deu
mais de 9h e ela não apareceu, eu imaginei que pudesse
ter acontecido alguma coisa.
Liguei para uma das funcionárias e pedi para ela passar
lá para ver se acontecia alguma coisa e ela viu polícia lá",
disse a recepcionista.
Ao saber do crime, as funcionárias ficaram chocadas e
fecharam o salão. A manicure Vara Lúcia Grave, 43, disse
ter ouvido comentários no
salão que Helder estava com
problemas de saúde.
Na Escola Estadual Coronel Francisco Martins, a
mais antiga de Franca, 13
alunos da 4ª série F, onde estudam as gêmeas Júlia e Letícia Freitas Massucato Rezende, foram dispensados da
aula ontem à tarde, disse o
diretor, Antônio Raiz.
Velório
Mãe e filho foram velados
lado a lado ontem em Franca. O corpo de Lourdes Massucato Rezende chegou antes ao velório São Vicente de
Paulo. O filho dela, Helder
Massucato Rezende, acusado de tê-la matado e ainda
ter atirado na cabeça de sua
mulher e dos três filhos antes
de se suicidar, chegou uma
hora e meia depois.
Segundo José de Souza
Andrade, cunhado de Helder, a decisão de velar mãe e
filho juntos foi do viúvo Augostinho Rezende Araújo.
Ele acreditava que essa seria
a vontade de sua mulher. Ontem, no início da noite, cerca
de 60 pessoas participavam
do velório. A família não permitiu a presença de fotógrafos. "Ela [Lourdes] era gente
muito boa. Não dá para acreditar em uma tragédia dessas, ainda mais em uma família bem de vida", disse a empresária Ana Paula Leite, 43,
vizinha dos Rezende.
O delegado que comanda
as investigações, Márcio Murari, do setor de homicídios
da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), informou
que pediu exame toxicológico para saber se Helder havia
ingerido álcool ou drogas antes de cometer o crime. O enterro será realizado hoje, às
8h, no Cemitério da Saudade.
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