Ribeirão Preto, Sábado, 26 de Fevereiro de 2011

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Carroceiro vai a julgamento sob suspeita de maltratar cavalo

Entidade diz que animal agredido morreu no dia seguinte

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Um carroceiro de 33 anos de São Carlos deve ser julgado na semana que vem sob a acusação de maltratar um cavalo no meio da rua, no mês passado -o animal morreu um dia depois. Cabe recurso.
É a primeira vez na cidade que uma pessoa é levada à Justiça por maus-tratos a animais de tração, segundo a prefeitura e a Uipa (União Internacional Protetora dos Animais) de São Carlos. O acusado nega a agressão.
O incidente aconteceu no dia 11 de janeiro passado, envolvendo Luiz Augusto Dias, seu cavalo e sua mula.
De acordo com a presidente da Uipa, a também vereadora Laíde Simões (PMDB), testemunhas disseram que o cavalo, amarrado atrás da carroça puxada pela mula, caiu no meio da rua, batendo a cabeça em um carro.
Ainda segundo o relato das testemunhas, o acusado chutou o cavalo e o puxou com brutalidade para levantá-lo do chão.
A polícia foi acionada. Funcionários da prefeitura levaram o animal para o posto zootécnico da Secretaria de Serviços Públicos.De acordo com a vereadora, o cavalo estava desnutrido e morreu na manhã seguinte.
Na cidade, existem aproximadamente 250 carroceiros que usam cavalos, mulas e éguas, segundo o Departamento de Defesa e Controle Animal da secretaria.
Cerca de 30% dos animais dessas pessoas não estão em condições de saúde por se exporem por muito tempo ao sol, diz o chefe do órgão, Jilverson Rodrigo de Moraes.
No ano passado, a equipe encontrou cinco ou seis cavalos e mulas abandonados.
"O problema é que as denúncias só chegam quando o animal já está abandonado, agonizando", disse.
Para evitar abusos, desde 2003 a prefeitura implantou chips em 590 cavalos e mulas, para que os donos sejam responsabilizados em eventuais maus-tratos.
Segundo Laíde, o chip foi importante para confirmar que o cavalo morto pertencia mesmo a Dias.
O advogado Armando Bertini Júnior, que defende o acusado, disse que seu cliente sabia que o cavalo estava doente e que, no dia do incidente, estava levando-o para comprar remédio, e que nega qualquer agressão.
Por ser réu primário, a Promotoria pedirá que seja aplicada pena de prestação de serviços à comunidade.


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