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Carroceiro vai a julgamento sob suspeita de maltratar cavalo
Entidade diz que animal agredido morreu no dia seguinte
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Um carroceiro de 33 anos
de São Carlos deve ser julgado na semana que vem sob a
acusação de maltratar um cavalo no meio da rua, no mês
passado -o animal morreu
um dia depois. Cabe recurso.
É a primeira vez na cidade
que uma pessoa é levada à
Justiça por maus-tratos a animais de tração, segundo a
prefeitura e a Uipa (União Internacional Protetora dos
Animais) de São Carlos. O
acusado nega a agressão.
O incidente aconteceu no
dia 11 de janeiro passado, envolvendo Luiz Augusto Dias,
seu cavalo e sua mula.
De acordo com a presidente da Uipa, a também vereadora Laíde Simões (PMDB),
testemunhas disseram que o
cavalo, amarrado atrás da
carroça puxada pela mula,
caiu no meio da rua, batendo
a cabeça em um carro.
Ainda segundo o relato
das testemunhas, o acusado
chutou o cavalo e o puxou
com brutalidade para levantá-lo do chão.
A polícia foi acionada.
Funcionários da prefeitura
levaram o animal para o posto zootécnico da Secretaria
de Serviços Públicos.De acordo com a vereadora, o cavalo
estava desnutrido e morreu
na manhã seguinte.
Na cidade, existem aproximadamente 250 carroceiros
que usam cavalos, mulas e
éguas, segundo o Departamento de Defesa e Controle
Animal da secretaria.
Cerca de 30% dos animais
dessas pessoas não estão em
condições de saúde por se exporem por muito tempo ao
sol, diz o chefe do órgão, Jilverson Rodrigo de Moraes.
No ano passado, a equipe
encontrou cinco ou seis cavalos e mulas abandonados.
"O problema é que as denúncias só chegam quando o
animal já está abandonado,
agonizando", disse.
Para evitar abusos, desde
2003 a prefeitura implantou
chips em 590 cavalos e mulas, para que os donos sejam
responsabilizados em eventuais maus-tratos.
Segundo Laíde, o chip foi
importante para confirmar
que o cavalo morto pertencia
mesmo a Dias.
O advogado Armando Bertini Júnior, que defende o
acusado, disse que seu cliente sabia que o cavalo estava
doente e que, no dia do incidente, estava levando-o para
comprar remédio, e que nega
qualquer agressão.
Por ser réu primário, a Promotoria pedirá que seja aplicada pena de prestação de
serviços à comunidade.
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