Ribeirão Preto, Quinta-feira, 26 de Maio de 2011

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BRF Brasil Foods oferece R$ 60 mi por fábrica da Nilza

Empresa formada pela fusão da Perdigão com a Sadia demonstrou interesse em comprar laticínio de Ribeirão

A transação depende da análise de um recurso proposto pela Nilza após Justiça decretar a falência da empresa


VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A BRF (Brasil Foods), empresa formada da fusão entre a Perdigão e a Sadia, ofereceu R$ 60 milhões à Indústria de Alimentos Nilza em troca de sua fábrica de processamento de longa vida instalada na margem da rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto.
Com a oferta, três empresas passam a disputar a unidade: a BRF, a Nova Mix Industrial e Comercial de Alimentos Ltda., da marca de queijos Quatá, e a Airex Investimentos e Participações Ltda., que participa da recuperação judicial da Nilza.
A compra, porém, vai depender da análise do recurso proposto pela Nilza e pela Airex sobre a decisão do juiz da 4ª Vara Cível, Héber Mendes Batista. O juiz decretou a falência da Nilza em janeiro após suspeitas de irregularidades na recuperação.
Em nota, a BRF confirmou o interesse pela fábrica e informou que a efetivação da compra dependerá de ajustes comerciais, auditoria legal e contábil e da posterior aprovação do comitê de credores da empresa, após a reversão da falência.
O empresário Sérgio Antônio Alambert, da Airex, afirmou que foi procurado pela BRF para vender a fábrica após a conclusão da recuperação judicial, mas que não aceitou a proposta.
Já a BFR, por meio de sua assessoria, negou a oferta.
Alambert também disse que está confiante na retomada do processo de recuperação judicial e que até o final de junho deve retomar o processamento de longa vida.
"Não vamos vender a Nilza porque não compensa", afirmou Alambert.
O presidente da Nova Mix, José Henrique Zorzetto Coutinho, não quis se manifestar.
A advogada Silvia de Luca, representante do principal acionista da Nilza, o empresário Adhemar de Barros, não foi encontrada ontem em seu escritório, em São Paulo, para comentar o caso.
A processadora de leite longa vida da Nilza foi uma das maiores de São Paulo. As dívidas da empresa somam hoje R$ 420 milhões.
Entre os credores estão ex-funcionários, bancos, empresas com a Tetra Pak e fornecedores de leite.
O processo de recuperação judicial da Nilza é acompanhado pelo Ministério Público Estadual. O juiz determinou à Polícia Civil que apure as suspeitas de crime de falência no processo.


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