DA FOLHA RIBEIRÃO

A escassez de postos de trabalho com carteira assinada e a falta de políticas públicas para geração de renda explicam o surgimento de comércios informais na periferia, na opinião da socióloga Cláudia Souza Passador, docente da USP de Ribeirão.
Passador coordena o Centro de Estudos de Gestão e Políticas Públicas Contemporâneas da universidade. Segundo ela, a tendência hoje é de reduzir vagas de emprego formal, especialmente para pessoas sem qualificação.
Diante desse quadro, a socióloga defende que o poder público crie mecanismos locais de geração de renda, no formato de cooperativas. "Há outros Estados no Nordeste que estão bem avançados nesse ponto. Têm cooperativas de piscicultura [peixes], apicultura [abelhas] ou artesanato", disse.
Passador diz que, nesse ponto, São Paulo está muito atrasado e que empregos informais poderiam entrar para a legalidade com o apoio da prefeitura. "Prefere-se existir várias revendedoras de roupas no Monte Alegre do que uma cooperativa de costureiras." (JC)

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