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Promotor quer autoescola adaptada para deficientes
Ministério Público de Ribeirão vai averiguar a situação de 86 unidades
Após a conclusão dos inquéritos, Promotoria dará prazo para que as autoescolas cumpram a lei da acessibilidade
DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério Público abriu
inquéritos civis para que 86
autoescolas de Ribeirão Preto forneçam dados sobre a
acessibilidade dos prédios
onde funcionam. Em seguida, será definido prazo para
que todos sejam adaptados
para o acesso de deficientes.
De acordo com o presidente da Associação das Autoescolas, Antônio Geraldo, de
todos os associados -em torno de 80-, ao menos 30 têm
dificuldades estruturais para
fazer as modificações.
"São prédios muito antigos que até podem oferecer
risco se mexer em algumas
áreas como escadas e portas.
É preciso considerar que eles
existem antes da lei de acessibilidade e que não têm como fazer essa alteração."
De acordo com ele, essa
lista de autoescolas não atende alunos deficientes físicos
porque não tem o aval do Detran de São Paulo.
Ele disse que apenas duas
autoescolas em Ribeirão têm
a habilitação para atender
deficientes e que essas unidades, a São Sebastião e a
Santo Antônio, já têm os prédios adaptados.
O promotor de Justiça responsável pelos inquéritos,
Carlos Cézar Barbosa, disse
que não é possível flexibilizar a legislação e que, caso a
autoescola não tenha como
reformar o prédio em razão
de problemas estruturais, deve providenciar a mudança.
"Se o local não tem condições, é preciso ir para outro.
O que pode ser feito é dar prazo maior para se adaptar."
Os inquéritos foram propostos no fim de junho e as
autoescolas devem mandar
dados sobre as plantas dos
imóveis em que funcionam e,
caso já tenham feito as adaptações, enviar os projetos de
reforma arquitetônica.
"Para as que não regularizaram a situação, será dada
uma data e, a partir do descumprimento, elas serão autuadas", disse o promotor.
LIMITAÇÕES
A autoescola Pilleggi, uma
das mais velhas da cidade,
disse que, embora o prédio
seja antigo, as mudanças são
possíveis desde que seja dado um prazo maior.
"Construímos o imóvel em
1957 e os corredores e portas
são largos e não apresentam
dificuldade. O que será necessário adaptar são os sanitários, porque o tamanho
atual não dá para passar uma
pessoa com cadeira de rodas", disse o dono da autoescola, Victor Pilleggi.
Segundo Pilleggi, o projeto para a mudança está em
andamento e ele já comprou
o material de construção.
"Não temos aula para deficientes físicos, mas como
também somos despachantes, temos clientes com deficiência e acho importante
dar o tratamento adequado."
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