Maioria das empresas que exploram canteiros das avenidas não renovou contrato de parceria e não faz manutenção do espaço

205 empresas devem ser notificadas em 15 dias para retirar placas; plano da prefeitura é passar a cobrar pela utilização do espaço

Silva Junior/Folha Imagem

Av. do Café, corredor em que empresas expõem suas marcas em troca de cuidar dos canteiros

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Cerca de 70% das empresas que expõem suas marcas em placas instaladas nos canteiros das avenidas de Ribeirão Preto estão fazendo publicidade de graça, sem oferecer contrapartida à prefeitura. Em troca do espaço, a administração exige a manutenção dos canteiros, mas a maioria dos parceiros não cumpre sua parte.
De acordo com levantamento da Secretaria do Meio Ambiente, 205 dos 290 contratos de convênio para exploração de publicidade nas avenidas já estão vencidos, mas as empresas ainda expõem suas marcas.
Segundo a prefeita Dárcy Vera (DEM), todas as empresas com contrato vencido serão notificadas nos próximos 15 dias para retirar as placas. "O contrato prevê que ele [a empresa] mantenha o corredor comercial limpo e com árvores, mas isso não tem acontecido. Se a prefeitura não coloca a equipe dela lá [para trabalhar], não sai nada", disse Dárcy.
De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, há, por exemplo, 22 contratos vencidos na avenida do Café, 14 na Presidente Vargas, 13 na Francisco Junqueira, 9 na João Fiusa e 2 na Nove de Julho.
Além de obrigar as empresas que não renovaram a retirar seus anúncios, pretende-se exigir das que têm contrato que sigam projetos paisagísticos recomendados pela prefeitura.
O secretário do Meio Ambiente, Joaquim Rezende, afirmou que outro problema está no fato de haver, em canteiros de uma mesma avenida, "fatias" de tamanhos diferentes entregues à gestão privada. A pasta quer padronizar isso.
Atualmente, existem aproximadamente 20 novos pedidos de exploração de publicidade em canteiros de avenidas, mas a prefeitura não está mais aberta a essas parcerias.
A proposta em estudo é cobrar o espaço das empresas interessadas. Para isso, diz o secretário, seria feito um leilão, ainda em data indefinida, dos espaços onde ainda não há exploração de publicidade.
Segundo Dárcy, a regulamentação da publicidade externa deve ser discutida somente no primeiro semestre de 2010. Ela voltou a dizer ontem que não pretende importar da capital o projeto Cidade Limpa, do seu colega de partido Gilberto Kassab, que proíbe toda a publicidade externa.


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