Ribeirão Preto, Sábado, 26 de Setembro de 2009

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Reunião sobre situação de condomínios termina sem acordo

Promotoria exige plantio de 50 mil árvores, em troca de um ano para interligação de rede de esgoto

DA FOLHA RIBEIRÃO

A reunião entre o sindicato que representa os condomínios de Ribeirão, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), o Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) e o Ministério Público terminou sem acordo ontem e um novo encontro ficou marcado para segunda-feira.
A Promotoria exige o plantio de 50 mil mudas de árvores na Fazenda da Barra, na zona leste, em troca de mais um ano de prazo para que condomínios e indústrias interliguem suas redes de esgoto à rede publica.
Segundo o que ficou acordado com o Daerp, as obras já deveriam estar prontas desde o dia 22, mas cerca de 35 condomínios e dez indústrias ainda nem apresentaram projeto à prefeitura. "A expectativa era que eles [Daerp, condomínios e empresas] já apresentassem uma proposta para o plantio. Se eles não concordarem, no que depender de mim não haverá acordo", disse o promotor do Meio Ambiente, Marcelo Pedroso Goulart.
Agnaldo Rodrigues da Silva, que preside o sindicato que representa os condomínios, disse que o valor do plantio, algo em torno de R$ 400 mil, é alto para ser custeado pela entidade. A Folha não conseguiu ouvir ontem o gerente regional do Ciesp em Ribeirão, Fabiano Guimarães. O superintendente do Daerp, Tanielson Campos, disse que, se preciso for, vai executar as obras e mandar a fatura aos responsáveis.
Embora as obras sejam obrigação da iniciativa privada, o Daerp está sujeito a uma multa de até R$ 6 milhões em função de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público Estadual em 2007, segundo o promotor Sebastião Sérgio da Silveira.
O acordo com a Promotoria foi firmado para que o Daerp pudesse estender o contrato de concessão com a Ambient, responsável pelo tratamento de esgoto, sem abrir nova concorrência. Em troca, a empresa estendeu a rede pública de coleta em regiões onde não havia infraestrutura, como a zona sul.


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