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Reunião sobre situação de condomínios termina sem acordo
Promotoria exige plantio de 50 mil árvores, em troca de um ano para interligação de rede de esgoto
DA FOLHA RIBEIRÃO
A reunião entre o sindicato
que representa os condomínios
de Ribeirão, o Ciesp (Centro
das Indústrias do Estado de São
Paulo), o Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) e o Ministério Público terminou sem acordo ontem
e um novo encontro ficou marcado para segunda-feira.
A Promotoria exige o plantio
de 50 mil mudas de árvores na
Fazenda da Barra, na zona leste, em troca de mais um ano de
prazo para que condomínios e
indústrias interliguem suas redes de esgoto à rede publica.
Segundo o que ficou acordado
com o Daerp, as obras já deveriam estar prontas desde o dia
22, mas cerca de 35 condomínios e dez indústrias ainda nem
apresentaram projeto à prefeitura. "A expectativa era que eles
[Daerp, condomínios e empresas] já apresentassem uma proposta para o plantio. Se eles não
concordarem, no que depender
de mim não haverá acordo", disse o promotor do Meio Ambiente, Marcelo Pedroso Goulart.
Agnaldo Rodrigues da Silva,
que preside o sindicato que representa os condomínios, disse
que o valor do plantio, algo em
torno de R$ 400 mil, é alto para
ser custeado pela entidade. A
Folha não conseguiu ouvir ontem o gerente regional do
Ciesp em Ribeirão, Fabiano
Guimarães. O superintendente
do Daerp, Tanielson Campos,
disse que, se preciso for, vai
executar as obras e mandar a
fatura aos responsáveis.
Embora as obras sejam obrigação da iniciativa privada, o
Daerp está sujeito a uma multa
de até R$ 6 milhões em função
de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o
Ministério Público Estadual
em 2007, segundo o promotor
Sebastião Sérgio da Silveira.
O acordo com a Promotoria
foi firmado para que o Daerp
pudesse estender o contrato de
concessão com a Ambient, responsável pelo tratamento de
esgoto, sem abrir nova concorrência. Em troca, a empresa estendeu a rede pública de coleta
em regiões onde não havia infraestrutura, como a zona sul.
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