Decisão prevê redução ainda em outras 11 faculdades particulares do país

Instituições tiveram nota baixa na avaliação em 2007; direção da universidade diz que recorrerá da decisão

Vinicius Oliveira/Folhapress

As estudantes de medicina Ana Santos (à esq.) e Fernanda Clivati em frente à Unaerp

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério da Educação determinou que, a partir de 2011, a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) corte 32 vagas do curso de medicina. São 120 oferecidas a cada ano, segundo a instituição.
A medida surge como uma punição à Unaerp e a outras 11 universidades particulares por não terem cumprido integralmente o Termo de Saneamento de Deficiência.
No documento, as instituições se comprometeram a resolver problemas com o corpo docente e a carência de aulas práticas, pontos criticados por técnicos em visita.
Em nota, a Unaerp disse que cumpriu todas as indicações feitas pelo ministério e que vai recorrer da decisão (leia texto nesta página).
A decisão, publicada ontem no "Diário Oficial da União", aponta que no curso da Unaerp há deficiências quanto ao corpo docente.
Também vê falhas na "carga horária em urgência e emergência, na fragmentação do projeto pedagógico em especialidades e na inserção dos alunos na rede de saúde pública, com riscos à qualidade do internato."
Apesar de apontar que houve melhorias, diz que elas ainda não atingiram todas as metas. Sserão 512 vagas cortadas nas 12 faculdades particulares punidas.
A sanção refere-se a um processo de supervisão dos cursos que tiraram notas baixas no Enade (antigo Provão) em 2007 -em uma escala de zero a cinco, eles obtiveram notas um ou dois.
Alunas da Unaerp ouvidas pela Folha relatam que houve melhorias, principalmente nas aulas práticas.
"Reestruturaram o internato, melhoraram bastante os estágios e a qualidade e o número de pacientes", disse Fernanda Clivati, 23.


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