Ribeirão Preto, Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009

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Crianças reconhecem 5 em caso de pedofilia

Meninos e meninas de 5 a 14 anos apontaram os suspeitos em sessão de reconhecimento na delegacia de Catanduva

Entre os investigados estão dois adolescentes, um funcionário de usina, um rapaz de 19 anos e um médico de Catanduva

ROBERTO MADUREIRA
ENVIADO ESPECIAL A CATANDUVA

Cinco dos oitos suspeitos de integrar uma suposta rede de pedofilia em Catanduva foram reconhecidos por oito meninas e meninos que teriam sofrido abusos entre o meio do ano passado e o início deste ano. O reconhecimento aconteceu ontem, das 14h às 15h30, em uma sala da DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
Segundo as famílias das crianças, os investigados mudaram muito o corte de cabelo, a barba e outros detalhes, o que dificultou a missão das vítimas.
No total, 23 crianças compõem a lista das que tiveram ligação com pelo menos um acusado, mas apenas nove delas, entre 5 e 14 anos, foram selecionadas para o reconhecimento porque disseram à polícia que havia outros envolvidos, além do borracheiro José Barra Nova de Melo, 46, o Zé da Pipa, que está preso desde janeiro.
Apenas uma criança de seis anos não reconheceu nenhum acusado. As outras oito apontaram William de Melo, 19, sobrinho do borracheiro, que já havia sido preso com o tio, mas foi liberado logo depois. Seis reconheceram ainda dois adolescentes suspeitos de agir como aliciadores do grupo e duas apontaram um médico, dono de uma casa no Jardim do Bosque, que seria um dos pontos onde ocorreram os abusos.
O funcionário de uma usina foi reconhecido por duas crianças. Um empresário, um comerciante e um motorista, que também foram citados em depoimentos, não foram reconhecidos pelas crianças.
Até o fechamento desta edição, a policia ainda não havia se pronunciado sobre o resultado da sessão. Extraoficialmente, a informação é que quatro seriam presos ainda ontem.
As famílias começaram a chegar à DIG antes das 9h, umas a pé, outras em um ônibus e carros da prefeitura.
Durante o reconhecimento, as mães reclamaram que não puderam ficar com os filhos, que não foram acompanhados por um psicólogo. Hugo Brito, coordenador de uma comissão formada pela OAB para acompanhar o caso, também saiu antes do fim da sessão.
Os oito acusados, seis deles acompanhados de advogados, prestaram depoimentos à tarde. Nenhum falou à imprensa.


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