Ribeirão Preto, Domingo, 27 de Junho de 2010

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Arqueólogo escava área de condomínio

Prospecção arqueológica é obrigatória nos terrenos de grandes condomínios; autorizações devem vir do Iphan

Loteamento Terras de Siena é o próximo alvo dos técnicos; material lítico lascado foi achado em área do Alphaville

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Além de evidenciar o desenvolvimento econômico de Ribeirão, grandes obras como as de condomínios têm colaborado para ajudar a desvendar parte do passado da região. Isso porque, na preparação dos terrenos, é obrigatório que sejam feitas prospecções arqueológicas.
Os resultados não são muito positivos, mas alguns vestígios de épocas passadas, especialmente material lítico, já foram encontrados graças a essas prospecções.
Em Ribeirão, o Conpacc (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural) não tem um levantamento específico sobre os sítios arqueológicos.
"Cabe ao Iphan emitir as autorizações", afirmou a chefe da Divisão de Patrimônio Público e Cultural de Ribeirão, Lilian Rosa.
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) publicou recentemente no "Diário Oficial" da União processos de autorização para prospecções arqueológicas em áreas localizadas em Ribeirão.
O próximo terreno a ser pesquisado é o do loteamento Terras de Siena. Em abril, foi dada autorização para um programa de arqueologia de 12 meses na área, coordenado pela equipe da arqueóloga Lúcia de Jesus Cardoso Oliveira Junior, com apoio institucional do Museu Histórico Sorocabano.
O condomínio Alphaville, que já está em implantação na zona sul, principal área de expansão da construção civil de alto padrão na cidade, já teve seu terreno pesquisado por técnicos.
Segundo informações do parecer técnico da Cetesb, prospecções feitas no local resultaram em identificação positiva de patrimônio arqueológico.
O patrimônio localizado era, segundo o parecer, predominantemente "material lítico lascado". Trata-se de um dos primeiros elementos que o homem usou para fazer seus instrumentos.
Um dos sítios arqueológicos mapeados em Ribeirão, de acordo com dados do Iphan, fica na área identificada como São José do Fernão.
Os achados -também material lítico- são resultantes de obras de implantação do Memorial Parque dos Girassóis, cemitério privado inaugurado em outubro de 2009.


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