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Arqueólogo escava área de condomínio
Prospecção arqueológica é obrigatória nos terrenos de grandes condomínios; autorizações devem vir do Iphan
Loteamento Terras de Siena é o próximo alvo dos técnicos; material lítico lascado foi achado em área do Alphaville
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Além de evidenciar o desenvolvimento econômico
de Ribeirão, grandes obras
como as de condomínios têm
colaborado para ajudar a
desvendar parte do passado
da região. Isso porque, na
preparação dos terrenos, é
obrigatório que sejam feitas
prospecções arqueológicas.
Os resultados não são muito positivos, mas alguns vestígios de épocas passadas,
especialmente material lítico, já foram encontrados graças a essas prospecções.
Em Ribeirão, o Conpacc
(Conselho de Preservação do
Patrimônio Cultural) não tem
um levantamento específico
sobre os sítios arqueológicos.
"Cabe ao Iphan emitir as
autorizações", afirmou a
chefe da Divisão de Patrimônio Público e Cultural de Ribeirão, Lilian Rosa.
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional) publicou recentemente no "Diário Oficial" da
União processos de autorização para prospecções arqueológicas em áreas localizadas em Ribeirão.
O próximo terreno a ser
pesquisado é o do loteamento Terras de Siena. Em abril,
foi dada autorização para um
programa de arqueologia de
12 meses na área, coordenado pela equipe da arqueóloga Lúcia de Jesus Cardoso
Oliveira Junior, com apoio
institucional do Museu Histórico Sorocabano.
O condomínio Alphaville,
que já está em implantação
na zona sul, principal área de
expansão da construção civil
de alto padrão na cidade, já
teve seu terreno pesquisado
por técnicos.
Segundo informações do
parecer técnico da Cetesb,
prospecções feitas no local
resultaram em identificação
positiva de patrimônio arqueológico.
O patrimônio localizado
era, segundo o parecer, predominantemente "material
lítico lascado". Trata-se de
um dos primeiros elementos
que o homem usou para fazer
seus instrumentos.
Um dos sítios arqueológicos mapeados em Ribeirão,
de acordo com dados do
Iphan, fica na área identificada como São José do Fernão.
Os achados -também material lítico- são resultantes
de obras de implantação do
Memorial Parque dos Girassóis, cemitério privado inaugurado em outubro de 2009.
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