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Mulheres também fazem curso de piloto
Região tem pelo menos sete alunas; elas são 3% dos comandantes hoje no país
Jovem de 20 anos esquece ideia de medicina para se tornar piloto; sonho da moça é comandar avião de grande companhia aérea
DA FOLHA RIBEIRÃO
A mulher que hoje sonha em
trabalhar na aviação não precisa mais se limitar à função de
comissária de bordo, a chamada aeromoça. Os aeroclubes da
região têm encontrado mulheres entre os alunos do curso de
piloto de aeronaves.
No Aeroclube de Ribeirão
Preto, existem duas jovens hoje
nos cursos teórico e prático.
Em Itápolis, dos atuais 50 alunos, cinco são mulheres.
A região segue uma tendência de mudança no perfil de
uma profissão masculina. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), se 100%
dos pilotos eram homens em
1970, trinta anos depois a predominância caiu para 97%.
Entre as mulheres que desafiam o senso comum está Amábile Villela Strini Correia, 20,
de Ribeirão. Ela concluiu o curso de piloto privado em setembro do ano passado e prepara-se para o de piloto comercial.
O desejo de comandar um
avião começou a surgir ainda
na adolescência. Aos 15 anos,
ela participou de uma festa de
um primo, piloto de avião. "Os
amigos dele, também pilotos,
ficaram passando de helicóptero e de avião durante a festa."
A jovem chegou a pensar em
cursar medicina, mas desistiu.
Foi quando retomou o desejo
de voar -e chocou a família.
"Todos foram contrários, meu
pai, minha mãe. Tinham medo
que eu fosse morrer."
Um mês após completar 18
anos, procurou o aeroclube da
cidade para se inscrever. "Fiz a
inscrição no dia do acidente de
um avião da Gol, em 2007. Minha mãe ficou apavorada."
Durante o curso, conheceu o
instrutor de voo que se tornou
seu namorado e, desde o ano
passado, marido. O sonho é
concluir sua formação e se tornar uma comandante de uma
das companhias aéreas do país.
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