DA FOLHA RIBEIRÃO

O detento Luciano Jorge de Barros, 24, foi morto com golpes de faca ontem pela manhã no interior da Cadeia Pública de Ribeirão Preto, unidade 2, durante o banho de sol. Essa foi a 14ª morte no interior da unidade desde o mês de março.
Barros pertencia à ala D, considerada uma das menos problemáticas da unidade, e estava preso desde maio sob a acusação de porte ilegal de arma.
Para a polícia, a morte do detento pode ter sido um acerto de contas, já que ele era acusado de ser o autor de um homicídio ocorrido em janeiro deste ano, em Ribeirão Preto.
O resgate chegou a ser acionado, mas Barros não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo antes mesmo de ser socorrido.
De acordo com a direção da cadeia, atualmente a unidade abriga 477 detentos. A capacidade é para 428, mas o local chegou a ter 630, em outubro.
A última morte ocorrida na unidade havia sido no dia 8 de agosto, quando o preso Eliseu Borges, 23, foi morto pelos outros detentos a golpes de estiletes.
Pela quantidade de mortes ocorridas em Ribeirão, o ouvidor das policiais, Benedito Mariano, iniciou uma investigação para detectar os problemas.
Para o ouvidor, a unidade de Ribeirão é uma das mais problemáticas do Estado.
Desde o Natal, a unidade conta com um esquema especial de segurança implantado para evitar incidentes.
De acordo com a polícia, havia a preocupação de haver tumulto, já que nenhum detento foi beneficiado com a saída provisória.


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