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Parceria do Ibama com viveiro salva aves silvestres
Criadouro de Dourado (SP) recebeu mais de cem animais em situação de quase morte neste ano
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Uma parceria entre o Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o criadouro
de pássaros Nutrópica, na cidade paulista de Dourado, já garantiu a vida de dezenas de aves
silvestres.
Segundo a gerente regional
do Ibama em Ribeirão Preto,
Eliana Velocci, foram enviados
mais de cem animais só neste
ano ao criadouro. "As condições dos animais são as piores
possíveis. Alguns estão em situação de quase morte e e lá os
profissionais conseguem recuperar e dar vida a esses animais", disse Velocci.
De acordo com o veterinário
do criadouro, Roberto Pontieri,
em um grupo de 60 papagaios,
dez estavam com o papo queimado por dentro e corriam risco de morte. "Certamente alguém foi tentar alimentá-los,
mas a comida estava muito
quente e os queimou", disse.
Um papagaio morreu.
A maioria dos animais que
chegam ao criadouro são papagaios, porém espécies como
trinca-ferro, coleirinhas e até
ararajubas também são tratadas no local.
O criadouro é particular e especializado na criação de aves
exóticas e aves ameaçadas de
extinção, com destinação ao
mercado nacional e internacional. Tudo com autorização do
Ibama. Segundo a gerente regional do Ibama, o viveiro tem
fins lucrativos, mas não cobra
nada do Ibama para cuidar dos
animais apreendidos.
Os animais apreendidos pela
Polícia Militar Ambiental, são
enviados ao Ibama, que decide
o destino final deles. Aqueles
que estão em condições de serem reintegrados à natureza
são soltos imediatamente.
Aqueles que precisam de cuidados médicos ou de um período
de readaptação são encaminhados ao viveiro em Dourado.
"Nossa parceria começou há
uns dois anos, mas só neste ano
comecei a receber um contingente maior de aves. No início
eram poucas, talvez dez por
ano", disse o diretor do criadouro, José Celme.
Os animais são geralmente
enviados em caráter de urgência. "Eu ligo, peço socorro e eles
sempre me atendem.
As aves apreendidas que chegam ao viveiro geralmente são
filhotes e vão direto ao berçário, onde recebem alimentação
na mão dos veterinários. Porém quando crescem, são alojados em um viveiro na área externa, próximo a uma mata.
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