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Onze cidades podem perder verba da merenda na região
Conselhos de Alimentação Escolar dos municípios estão com mandatos vencidos
Segundo a coordenadora do programa, algumas prefeituras esquecem de atualizar cadastros dos conselhos alimentares
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação) pode suspender o repasse
para a compra de merenda escolar para alunos dos ensinos
infantil, fundamental e médio
feito a 11 prefeituras da região
de Ribeirão Preto.
Apesar de o MEC (Ministério
da Educação) não saber ainda
quanto prevê enviar para esses
municípios em 2009, no ano
passado as 11 prefeituras receberam, juntas, R$ 2,2 milhões
para a alimentação dos alunos
-até o ano passado, o ensino
médio não recebia a verba, o
que deve aumentar o valor de
repasse neste ano.
O motivo para o corte é que
os CAEs (Conselhos de Alimentação Escolar) dessas cidades, responsáveis pela fiscalização dos gastos com a merenda,
estão com o mandato vencido.
Os CAEs são responsáveis por
fiscalizar a aplicação do dinheiro, checar se o número de refeições bate com o número de matrículas e se os ingredientes
conferem com o valor.
Três das cidades, Fernando
Prestes, Tabatinga e Terra Roxa, já terão o repasse cortado no
mês de março, por estarem há
mais de três meses com o mandato do CAE vencido, segundo
o MEC. "Nos municípios em
que os conselhos já não estavam atuando no fim do ano
passado, não podemos saber
como foi feita a aplicação dos
recursos e não dá para liberar
as verbas sem essa atualização
e um relatório", disse Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do Pnae em Brasília.
As outras cidades terão 30
dias para renovar os mandatos
de seus conselhos. Caso contrário, o FNDE também suspenderá o repasse.
Os outros municípios da região que estão na mira do Pnae
são Aramina, Araraquara, Dobrada, Ipuã, Jardinópolis, Jeriquara, Monte Alto e Patrocínio
Paulista.
Entre as prefeituras, a que
corre risco de perder a maior
verba é a de Araraquara, que recebeu no ano passado R$ 1,2
milhão. A prefeitura foi procurada, por meio da assessoria de
imprensa, ontem pela manhã,
mas ninguém ligou de volta até
o fechamento da edição.
Em Fernando Prestes, que já
não deve receber a verba em
março, o chefe-de-gabinete da
prefeitura, Adilson Pedro Molena, disse que o novo conselho
foi empossado há cerca de 15
dias e que acredita que a verba
não será cortada.
Fernando Prestes recebeu
R$ 32 mil no ano passado para
alimentar os alunos da rede
municipal. Na cidade, o mandato do conselho venceu em 30 de
agosto do ano passado (veja
quadro nesta página).
De acordo com a coordenadora-geral do Pnae, algumas
prefeituras esquecem de atualizar a informação a tempo -o
que deve ser feito via internet-
, o que não evita, porém, o corte.
O MEC afirma que, nas localidades onde há suspensão do
repasse, o município deve pagar a merenda.
Em Ipuã, que recebeu no ano
passado R$ 114 mil, a diretora
de Educação, Vanessa Mosconi, disse que o novo conselho
também já tomou posse e que
ela estava regularizando o cadastro da entidade ontem à tarde, via internet. O conselho da
cidade venceu em janeiro.
De acordo com o Pnae, todas
as cidades que tiverem os repasses suspensos podem regularizar a situação, empossando
novos conselhos.
Segundo Albaneide, funcionários do Pnae em Brasília iniciaram contatos com as prefeituras para alertá-las.
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