Para Guilherme Marchi, atual campeão mundial, vantagem do Brasil é "fictícia"

Festa do Peão vê na Copa, feita em parceria com a PBR, maior possibilidade de internacionalização do evento, iniciada em 1993

MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO
LIGIA SOTRATTI
ENVIADA ESPECIAL A BARRETOS

Ao abrir hoje a inédita Copa do Mundo de Rodeio, a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos busca dar o seu maior salto global numa trajetória que já dura 54 anos, mas que foi internacionalizada a partir de 1993.
Com recorde de peões estrangeiros de alto nível, a disputa reúne competidores de cinco países, inclusive o campeão mundial da modalidade, o brasileiro Guilherme Marchi.
A disputa será possível por causa da parceria entre Barretos e PBR (Professional Bull Riders), que reúne os principais competidores no mundo, e poderá servir como desempate entre as seleções do Brasil e dos EUA, que venceram em 2007 e 2008, respectivamente. Além dos dois, disputam a Copa México, Austrália e Canadá.
Em 15 anos de disputa da PBR nos EUA, em cinco os peões campeões foram brasileiros, como Marchi, para quem a vantagem brasileira, de competir em casa e com touros nativos, é "fictícia". "Estamos todos fora do Brasil, só o Juarez [Terra] compete aqui. Por isso, vai ser a mesma situação das outras equipes."
O Canadá é o único país que terá um peão reserva. "Tira a pressão dos outros saber que há mais um para montar. Todos eles mereciam estar aqui", disse o técnico, Cody Snyder.
Além de Marchi e Terra, o Brasil terá como peões Valdiron de Oliveira, Robson Palermo e Renato Nunes.
A Copa, criada para tirar a individualidade do rodeio, terá dez montarias de cada país por noite, divididas em dois tempos, como no futebol. De cada round de cinco, o técnico escolherá três notas. O descarte terá que ser feito em até um minuto após a montaria. A fórmula se repetirá até domingo, quando a campeã será conhecida. Ao final de três dias, o peão mais bem colocado também será consagrado campeão do Barretos International Rodeo.


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