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Descarte foi "obviamente absurdo", diz o secretário
Paulo Renato Souza criticou a direção da escola por tentar culpar os alunos
Diretores de outras unidades de ensino médio dizem sobrar poucos livros e se surpreenderam com o caso da Eugênia Vilhena
Edson Silva/Folha Imagem
![](../images/r2810200901.jpg) |
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Saída dos alunos da manhã da escola estadual Eugênia Vilhena de Moraes, que fica na Vilia Virgínia
DA FOLHA RIBEIRÃO
O secretário de Estado da
Educação, Paulo Renato Souza,
classificou como "um episódio
lamentável" o descarte de apostilas novas na escola Eugênia
Vilhena de Moraes.
"Tivemos ontem um episódio lamentável em Ribeirão
Preto. Um número razoável de
material didático de alunos estava em uma caçamba de lixo",
disse o secretário, ontem em
São Paulo. "Por decisão de alguém, obviamente absurda, o
material foi colocado na rua."
Cada apostila custa R$ 0,85, o
que significou no caso dos
1.500 livros jogados no lixo um
desperdício de R$ 1.275.
O secretário admitiu que há
sobra de materiais, porque "o
número de alunos no ensino
médio varia muito". Souza disse que o excedente deveria ter
sido devolvido à Diretoria de
Ensino "para ser reutilizado no
próximo ano."
Souza criticou ainda a direção da escola por ter acusado os
estudantes pelo descarte dos livros. "Já determinamos o afastamento da diretora e da vice-diretora, porque uma delas fez
uma observação não pertinente, culpando os alunos, antes de
qualquer prova."
Sobras
Diretores de outras escolas
estaduais ouvidos ontem pela
Folha disseram que sobram
poucos exemplares e se mostraram surpresos com o caso da
Eugênia Vilhena. Na Cônego
Barros, também de ensino médio, a diretora Margarida Soato
disse que os poucos livros que
sobram ficam guardados na
coordenação. Eles são usados
quando há novos alunos.
O mesmo ocorre na Otoniel
Mota, também de ensino médio. "Às vezes até falta, porque
vem o número de apostilas contadinho por aluno", disse a vice-diretora, Célia Magioni.
Suzana Ferro, diretora da
Udemo, entidade que reúne os
diretores, disse que as escolas
em geral relatam sobrar poucos
livros. Segundo ela, o usual é redistribuir o material na rede.
Colaborou FÁBIO TAKAHASHI, da Reportagem
Local
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