DA FOLHA RIBEIRÃO

O imbróglio do Distrito Empresarial de Ribeirão já vem desde 1995, quando Antônio Palocci Filho (PT), então em seu primeiro mandato na prefeitura, desapropriou o terreno do empresário Quintino Facci.
À época, Palocci depositou em juízo cerca de R$ 1,5 milhão -valor de mercado da área, na avaliação da prefeitura.
Apesar da desapropriação, a prefeitura não obteve a posse da área, pois Facci questionou o valor na Justiça. Um perito judicial avaliou o terreno em R$ 17 milhões, o que atrapalhou ainda mais o andamento das negociações com o proprietário.
"Nós não aceitamos o valor que o perito determinou e questionamos. Nós nunca quisemos pagar aquele valor, que era absurdo", disse Palocci. Ele se referiu à afirmação que o ex-prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) fez durante seu governo de que Palocci iria pagar mais o que o terreno valia.
Em 1998, Jábali anunciou um acordo com Facci para a compra da área. A prefeitura pagaria parceladamente mais cerca de R$ 4,5 milhões e ficaria com o terreno.
O tucano disse ontem que a idéia era vender os lotes do distrito pelo preço de custo. Já o petista afirmou que os lotes serão vendidos a preço de custo.
Quintino Facci está cobrando ainda cerca de R$ 2 milhões da prefeitura na Justiça. O valor corresponde aos juros das parcelas que Jábali atrasou em relação ao acordo feito em 1998. "Pelos cálculos que fiz, não teríamos de pagar mais nada", disse o tucano.


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