Hospital Estadual que passará a ser gerido pela USP em agosto receberá internados da unidade de Ribeirão

Objetivo de transferir pessoas é desafogar os leitos de urgência do HC Campus e da Unidade de Emergência de Ribeirão

LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO

Com a transferência do Hospital Estadual de Américo Brasiliense da Unesp para a USP, a partir de agosto, a maioria dos pacientes de cuidados paliativos que estão hoje no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto deve "migrar" para a unidade nos próximos três meses.
Esse é o período estimado pelo superintendente do HC, Milton Laprega, para estruturar a ala de cuidados paliativos, destinada a pacientes sem possibilidades de cura.
O tempo é necessário também para contratar novos profissionais. A Secretaria de Estado da Saúde deve manter o repasse R$ 1,8 milhão por mês para a USP, como fazia com a Unesp.
A ativação da ala de paliativos de Américo deve desafogar os leitos de urgência do HC Campus e também os da Unidade de Emergência.
O quadro de funcionários do hospital estadual, em torno de 250 atualmente, será mantido e, após avaliação, parte pode ser encaminhada para a nova ala.
"Quem tiver o perfil vai para [o setor de] paliativos e passará por capacitação e treinamento. Depois dessa análise, veremos a admissão de mais funcionários."
Na primeira semana de agosto, segundo Laprega, uma equipe vai assumir a gestão administrativa e, gradativamente, organizar o fluxo de pacientes entre Ribeirão e o hospital de Américo.
"A proposta é que Américo receba pacientes de baixa e média complexidade da região de Araraquara e, para Ribeirão Preto, venham casos mais graves."
A expectativa é otimizar, até o fim do ano, a taxa de ocupação de leitos, que hoje está em torno de 50%. O hospital tem 120 leitos -cerca de 80 estão sendo utilizados.


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