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FOCO
Remanescente de colônia de trabalhadores tem saudades
DO ENVIADO A SERTÃOZINHO
Vandair Rosa de Oliveira,
73, é uma das poucas remanescentes das cerca de 80 famílias que viviam na colônia
de trabalhadores do Engenho Central, de Sertãozinho.
"Eu queria ver isso aqui movimentado de novo. Era muito chique, sabe?", diz ela.
O aglomerado de casas foi
destruído nos anos 80, e os
colonos, acomodados em 16
moradias construídas em
1984, a poucos metros da
área dos antigos imóveis. Hoje, três famílias habitam a nova colônia. São oito pessoas.
Dona Vanda, como a chamam, é uma mulher agitada
que, ao lado do marido Januário de Oliveira Brito, 84,
criou quatro filhos na Usina
Santa Elisa. As crianças também trabalhavam e estudavam na propriedade.
"Fizemos de tudo nessa
terra. Era uma beleza", afirma dona Vanda, que está no
lugar há pelo menos 42 anos.
Católica, ela diz lembrar com
saudades das missas e "festas caipiras".
Até hoje ela faz questão de
manter os costumes. A missa
agora acontece na sala da casa dela. A próxima será no
dia 13, segundo ela, e o padre
vai até a colônia exclusivamente para a celebração.
"Vem três ou quatro, mas o
padre é muito bom. Disse que
vai onde tem alguém para
ouvir a palavra de Deus."
Em junho, os colonos se
reuniram em frente à casa de
Vanda para lembrar as festas
caipiras de antigamente.
Das lembranças da época
em que o Engenho Central
estava em plena atividade,
dona Vanda guarda um pedaço de papelão amarelo
com os dizeres "Conforto e
Segurança" e "Obrigado pela
Preferência".
Trata-se de uma passagem
de segunda classe do trem da
Fepasa de Pontal a Sertãozinho. As linhas que passavam
por ali transportavam tanto
moradores quando a produção da usina.
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