Ribeirão Preto, Domingo, 29 de Agosto de 2010

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FOCO

Remanescente de colônia de trabalhadores tem saudades

DO ENVIADO A SERTÃOZINHO

Vandair Rosa de Oliveira, 73, é uma das poucas remanescentes das cerca de 80 famílias que viviam na colônia de trabalhadores do Engenho Central, de Sertãozinho. "Eu queria ver isso aqui movimentado de novo. Era muito chique, sabe?", diz ela.
O aglomerado de casas foi destruído nos anos 80, e os colonos, acomodados em 16 moradias construídas em 1984, a poucos metros da área dos antigos imóveis. Hoje, três famílias habitam a nova colônia. São oito pessoas.
Dona Vanda, como a chamam, é uma mulher agitada que, ao lado do marido Januário de Oliveira Brito, 84, criou quatro filhos na Usina Santa Elisa. As crianças também trabalhavam e estudavam na propriedade.
"Fizemos de tudo nessa terra. Era uma beleza", afirma dona Vanda, que está no lugar há pelo menos 42 anos. Católica, ela diz lembrar com saudades das missas e "festas caipiras".
Até hoje ela faz questão de manter os costumes. A missa agora acontece na sala da casa dela. A próxima será no dia 13, segundo ela, e o padre vai até a colônia exclusivamente para a celebração.
"Vem três ou quatro, mas o padre é muito bom. Disse que vai onde tem alguém para ouvir a palavra de Deus."
Em junho, os colonos se reuniram em frente à casa de Vanda para lembrar as festas caipiras de antigamente.
Das lembranças da época em que o Engenho Central estava em plena atividade, dona Vanda guarda um pedaço de papelão amarelo com os dizeres "Conforto e Segurança" e "Obrigado pela Preferência".
Trata-se de uma passagem de segunda classe do trem da Fepasa de Pontal a Sertãozinho. As linhas que passavam por ali transportavam tanto moradores quando a produção da usina.


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