Ribeirão Preto, Domingo, 30 de Janeiro de 2011 |
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Jovens propagam a tradição da família Grupos ganham "fôlego" e se reinventam com a nova geração, que toca instrumentos e até quer montar projeto Estudante diz temer fim de grupos e altera a batida das músicas para deixá-las contagiantes e atrair os jovens
DE RIBEIRÃO PRETO Motivados por sua família, jovens têm se interessado pela Folia de Reis e contribuído com novas letras e sons. A antiga tradição ganha fôlego na nova geração que participa e ajuda a difundir o ritual. É o caso da estudante de letras Susy de Souza Alves, 18. Há pouco mais de um ano, ela participa com frequência da Folia de Reis do pai, a Cia. Irmãos Adolfo. Entusiasmada, já levou amigas para conhecer a tradição. Ao lado do pai, da avó e de primos, Susy faz parte do coro e disse que se "arrisca" a tocar percussão. Já gravou música com a avó e quer montar um projeto para atrair pessoas da sua idade. "Tenho um pouco de medo de acabar porque parte das pessoas que compõem a Folia de Reis são mais velhas. É interessante buscar gente jovem. Tento deixar mais contagiante para que não atraía só pelo conteúdo, mas também pela batida." Na casa da estudante de pedagogia Aline da Silveira, 21, ela e os três irmãos não perdem a Folia de Reis em Santo Antônio da Alegria. "É uma tradição muito bonita. Quando tiver filhos, quero ensiná-los", afirmou. De acordo com Aline, a devoção faz seu irmão mais velho sair de Sumaré, distante cerca de 260 quilômetros, para participar da folia. A Companhia de Terno de Reis Taquaras, de Camboriú (SC), também espera perpetuar a tradição com o apoio da família. "Tenho um filho de 13 anos que já toca seu violão e participa quando pode. Falei com ele por telefone e ele me perguntou: "Não vai vir me buscar para tocar, pai?", conta João Batista Conceição, 36. (LS) Texto Anterior: Folia de Reis se renova para atrair adeptos Próximo Texto: Mudanças ajudam a perpetuar tradição, dizem pesquisadores Índice | Comunicar Erros |
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