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"Prova padrão" na rede municipal gera críticas de docentes
Temor é que a avaliação não considere as diferentes realidades de escolas e turmas
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
A aplicação de uma prova
padronizada para todas as
escolas da rede municipal de
Ribeirão Preto tem gerado
crítica de alguns docentes e
preocupação com os níveis
de repetência ao fim do ano.
Chamada de avaliação interna, a prova, de múltipla
escolha, será aplicada a cada
trimestre -a primeira foi feita no início deste mês.
A nota servirá para compor a avaliação do aluno -ao
lado de trabalhos e provas
feitas pelo professor- e determinar a retenção ou não
do aluno na mesma série.
Segundo o presidente da
seccional da Educação do
Sindicato dos Servidores Municipais, Donizeti Aparecido
Barbosa, alguns professores
contaram que os alunos estavam em um nível abaixo do
que pedia a prova. "É provável que haverá mais retenções, porque, ao se basear
mais na nota dessa avaliação, o aluno pode não obter
nota suficiente."
Professora da escola Dom
Luiz do Amaral Mousinho e
secretária do Conselho Municipal de Educação, Adriana
de Bortoli Gentil também vê
problemas.
"Como aplico a mesma
prova para um aluno de EJA
do Mousinho, que quer um
curso técnico ou uma faculdade, e para outro do Ribeirão Verde, ainda no início?"
Coordenador do núcleo de
avaliação da secretaria, Luís
Lopes disse que o banco de
questões da avaliação interna foi feito em conjunto com
docentes de cada disciplina,
de forma democrática. Afirmou ainda que é a escola
quem decide o peso que essa
prova terá na nota final.
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