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Lobby do etanol deve marcar Fenasucro
Setor sucroalcooleiro luta para tornar o combustível da cana produto comercializado livremente no mundo
O presidente Lula, que participa da abertura amanhã, será nomeado embaixador brasileiro da bionergia pelo setor
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
O lobby e a torcida do setor
sucroalcooleiro brasileiro para tornar o etanol um produto comercializado livremente
no mercado mundial darão o
tom na edição das feiras Fenasucro e Agrocana deste
ano, que começam amanhã,
em Sertãozinho.
Os indícios desse movimento já surgem na carta de
apresentação do evento, que
será aberto pelo presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e que tem como
presidente de honra o empresário Rubens Ometto Silveira
Mello, da Cosan.
Segundo o presidente do
Ceise-BR (Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético),
Adézio Marques, a promoção
do etanol feita por Lula durante seu governo renderá a
ele uma homenagem que é
também uma missão.
No evento, Lula será nomeado, pelas entidades empresariais do setor, embaixador brasileiro da bionergia.
A escolha de Ometto para
ocupar a presidência não
deixa de ser menos simbólica
sobre a ambição da feira.
Na semana passada, a Cosan, maior empresa do setor
sucroalcooleiro do mundo,
oficializou sua união à anglo-holandesa Shell, uma das
maiores produtoras e distribuidoras de combustíveis do
mercado global.
Presidente do Conselho de
Administração da Cosan,
cargo que também ocupará
na empresa resultante da
combinação com a Shell,
Ometto foi responsável por
conduzir o processo de consolidação da Cosan.
Na última década, a empresa lançou ações na Bolsa
de Valores de Nova York, assumiu outras usinas, como
as quatro que pertenciam à
NovAmérica, comprou a rede
de postos Esso, da americana
Exxon, além de outros negócios de menor porte.
Para discutir a transformação do etanol em commoditty mundial, o fórum que
antecede a feira terá representantes diplomáticos e do
mundo empresarial de mercados como Europa, Índia,
China e Estados Unidos.
Esse movimento tem impacto direto na economia da
região de Ribeirão, diz Marques, que além de dirigente
do Ceise-BR é empresário em
Sertãozinho.
Segundo ele, o empurrão
do combustível da cana rumo ao mercado internacional será fundamental para
aumentar o faturamento das
fabricantes de máquinas e
equipamentos e das usinas.
Para a edição deste ano, a
organização das feiras manteve a projeção de negócios
de 2009: R$ 2,2 bilhões.
Augusto Balieiro, diretor
da Multiplus e Eventos, que
organiza as duas feiras, diz,
no entanto, que essa é uma
posição conservadora.
Segundo ele, neste ano
450 empresas ocuparão os 55
mil m2 de exposição do Centro de Eventos Zanini, 30 a
mais do que em 2009.
O desempenho favorável
da economia brasileira e,
particularmente, do setor sucroalcooleiro, devem alavancar os negócios e fazer com
que o volume de negócios estimado seja ultrapassado, segundo Balieiro.
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