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Fim de ano já faz o preço da cerveja subir até 10%
Alta está ligada ao crescimento na demanda pelo produto neste período
A elevação no preço da carne de boi, em torno de 30%, vai deixar mais caro o tradicional churrasco de fim de ano
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Faltando pouco menos de
dois meses para o Natal, o
preço da cerveja já subiu por
causa da alta demanda esperada para o período de fim de
ano. Segundo estabelecimentos de Ribeirão ouvidos
pela Folha, em alguns casos
o aumento é de até 10%.
E se o consumidor quiser
aproveitar a bebida gelada
como acompanhamento para um churrasco neste feriado prolongado, deve preparar ainda mais o bolso.
A carne de boi está até
30% mais cara e pode aumentar ainda mais. Enquanto no caso da cerveja a alta é
impulsionada pelo crescimento da demanda, a carne
tem seu valor pressionado
pela queda na oferta em razão da seca.
A preparação dos estoques
para o crescimento nas venda de cerveja no fim de ano
também já tem causado, segundo lojistas, dificuldades
de entrega do produto.
Segundo o comprador do
Mialich Supermercados, Tiago do Nascimento, responsável pelo estoque de bebidas
das unidades da rede, desde
a semana passada há "rupturas" na distribuição de cervejas da Ambev, que fabrica as
marcas mais consumidas.
Segundo ele, a redução
nas entregas atinge principalmente as garrafas, o que
faz aumentar também a demanda por latas. Em razão
disso, diz, o preço da cerveja
de garrafa já subiu, em média, de 5% a 7%.
Tradicional ponto de venda de cerveja no atacado em
Ribeirão, a Amarelinho Fast
Festas não registrou desabastecimento.
Segundo o dono do estabelecimento, Walter Nunes,
apenas na última semana
houve atraso porque muitos
compradores fizeram grandes pedidos antes da alta de
preços do fim de ano.
"Mas eu desconheço qualquer informação de que a
Ambev tenha deixado de entregar cerveja", disse.
A "virada" no preço da cerveja para o fim de ano, porém, já foi registrada e repassada por Nunes. As marcas
mais vendidas -Brahma e
Skol- subiram cerca de 10%
no estabelecimento: de R$ 51
a caixa com 24 garrafas de
600 ml para R$ 56.
A empresa vende apenas
no atacado, principalmente
para festas, a uma média de
4.000 caixas por mês. Para o
fim do ano, diz Nunes, a meta
é aumentar 50%, atingindo
6.000 caixas por mês.
Procurada, a Ambev disse,
por meio de sua assessoria,
que não poderia se pronunciar porque está em "período
de silêncio" imposto pela
CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) por causa da
proximidade do período de
divulgação dos resultados.
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