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Enfermagem da USP de Ribeirão Preto se torna sede de rede da OMS
Isabel Mendes assume posto com desafio de ampliar número de enfermeiros
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Escola de Enfermagem da
USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto tornou-se
a sede da rede global de centros
colaboradores da OMS (Organização Mundial da Saúde),
uma das divisões da Organização das Nações Unidas. O título
eleva a universidade ao posto
de comando da principal rede
de enfermagem do mundo, que
reúne 43 centros de enfermagem e obstetrícia.
É a primeira vez que um país
da América Latina irá coordenar a rede -o mandato dura
quatro anos. A posse da nova
secretária-geral, a professora
Isabel Amélia Costa Mendes,
ocorreu na última quinta-feira.
A solenidade foi marcada pela presença de representantes
de centros da África, Europa e
América Latina, além do Ministério da Saúde.
Entre as principais autoridades, estava a cientista-chefe de
enfermagem da OMS, Jean
Yan. A escolha da USP, há 20
anos membro da rede, como sede da rede global foi unânime
entre os 43 centros.
Segundo Yan, a eleição da escola de enfermagem deu-se
"pelo bom trabalho realizado
por muitos anos" e pelas parcerias que a USP estabeleceu com
o Ministério da Saúde ao treinar profissionais para doenças
como tuberculose.
Outro diferencial, disse ainda
a cientista, está no fato de a
USP dividir o seu conhecimento em pesquisa e prática, treinando enfermeiros de países
africanos, como Angola, e ajudando a formar nesses locais
novos pesquisadores.
Falta de enfermeiros
A nova secretária, Isabel
Mendes, assume a direção da
rede com o principal desafio de
aumentar o número de enfermeiros no mundo, que é muito
baixo em países subdesenvolvidos. A meta projetada pela
OMS é de que cada país tenha a
proporção de dois enfermeiros
para cada 100 mil habitantes.
No Brasil, a situação é inaceitável, segundo Mendes.
"Nas regiões Norte e Nordeste, temos 0,5 enfermeiro. No
Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a
proporção é de 0,7. Não é aceitável essa situação", disse ela.
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