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Para pagar 13º, prefeituras adiam obras
Repasse menor de FPM pelo governo federal engessa administrações, principalmente nos pequenos municípios
Compra de terreno, reforma de pré-escola e construção de centro
de eventos estão entre
as obras atingidas
DE RIBEIRÃO PRETO
Prefeituras da região estão
adiando para 2011 obras que
estavam previstas para este
ano, como forma de garantir
caixa para o pagamento dos
salários de dezembro, principalmente o 13º.
O motivo do aperto é o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) em
valor menor que o previsto
pelo governo federal.
Como a Folha revelou no
último dia 21, os repasses da
União neste ano para Estados e municípios ficarão
R$ 8,6 bilhões abaixo da previsão feita em 2009.
O problema é que as prefeituras planejaram seus orçamentos com base na previsão e, agora, veem o dinheiro
chegar aos caixas em montantes inferiores.
Na região, a situação atinge de forma mais grave as cidades menores, mais dependentes do FPM, mas também
repercute nas maiores.
Ribeirão Preto e Araraquara preveem quebra de até R$
10 milhões. Por causa disso,
Araraquara adiou para 2011 a
compra de um terreno de R$
2 milhões, onde será construída a nova Câmara.
A medida foi tomada para
garantir o pagamento do 13º.
Em agosto, prevendo que a
receita seria menor, a prefeitura fez contingenciamento
de 20% nas pastas.
Ribeirão previu no Orçamento R$ 39 milhões de FPM,
mas até outubro só recebeu
R$ 22 milhões.
Entre os menores municípios, nos quais o FPM chega
a significar mais de 50% da
receita, há adiamento de
obras em áreas essenciais,
como saúde e educação.
Em Trabiju, menor cidade
da região, o aperto fez o prefeito Maurílio Tavoni Junior
(PMDB) adiar a construção
de uma pré-escola.
Já em Santa Cruz da Esperança, o 13º será pago hoje,
mas, para isso, segundo o assessor de gabinete Vicente
Leão, obras foram "mantidas
em passos lentos".
Há outras obras adiadas
em cidades menores da região, como a reforma da Prefeitura de Cássia dos Coqueiros e a construção de um centro de eventos em Jeriquara.
Em Ribeirão Corrente, o
13º será pago, mas não há garantia de verba para bancar
encargos sociais.
(ARARIPE CASTILHO e LEANDRO MARTINS)
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