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Atletas da região torcem para que a São Silvestre seja disputada sob sol
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os atletas da região de Ribeirão Preto que disputam
amanhã a 84ª edição da Corrida de São Silvestre torcem
para que não venha do céu o
principal adversário da prova: a chuva. Acostumados a
treinar no calor da região, os
corredores estão de olho na
previsão do tempo. Quanto
mais quente, melhor.
"Se fizer muito calor, melhor, pois aí podemos brigar
de igual para igual com os
quenianos. Nós treinamos
nos canaviais, onde o calor é
grande. O clima pode interferir bastante na decisão",
disse Gladson Barbosa, 29,
mineiro radicado em Ribeirão há 13 anos e um dos brasileiros favoritos ao pódio.
"Respeito a força dos africanos, mas sei que tenho
grandes chances de ficar entre os cinco", disse Barbosa,
que na edição do ano passado conquistou um modesto
22º lugar. Outro atleta de
ponta da região é Anoé dos
Santos Dias, 28, de Jardinópolis, terceiro colocado no
ano passado -melhor posição entre os brasileiros.
"Os outros atletas não treinam no chão quente como
nós fazemos. A maior parte
dos adversários treina em regiões frias. É uma vantagem
nossa", afirmou o atleta, que
também se coloca entre os
favoritos ao pódio e agora
quer deixar de lado a imagem de azarão. No ano passado, foi a grande surpresa
da prova masculina.
"Agora os adversários já
me conhecem. Por um lado é
bom, pelo respeito, mas por
outro lado há a cobrança, a
responsabilidade de conseguir um bom resultado."
Entre as mulheres, a atleta
de Sertãozinho Maria Zeferina Baldaia, 36, surge novamente como um dos nomes
mais fortes. Vencedora da
prova em 2001, a atleta volta
a Sertãozinho na quinta-feira para tomar posse como
vereadora. Foi a terceira
mais votada do município,
com 1.870 votos, pelo PSDB.
Na última São Silvestre,
Zeferina terminou na terceira colocação, atrás de Alice
Timbilili, do Quênia, e de
Marizete Rezende, 34, de
Araraquara, que também já
venceu a prova, em 2002.
Goiana, ela treina em Araraquara e tem boas chances de
chegar ao pódio.
As duas atletas têm a chance de conquistar feito inédito. Até hoje, nenhuma brasileira venceu a prova, mais
tradicional do atletismo nacional, duas vezes. Nesta edição, mais de 20 mil atletas
foram inscritos, número limite imposto pela organização da corrida.
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