Ribeirão Preto, Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

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Atletas da região torcem para que a São Silvestre seja disputada sob sol

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os atletas da região de Ribeirão Preto que disputam amanhã a 84ª edição da Corrida de São Silvestre torcem para que não venha do céu o principal adversário da prova: a chuva. Acostumados a treinar no calor da região, os corredores estão de olho na previsão do tempo. Quanto mais quente, melhor.
"Se fizer muito calor, melhor, pois aí podemos brigar de igual para igual com os quenianos. Nós treinamos nos canaviais, onde o calor é grande. O clima pode interferir bastante na decisão", disse Gladson Barbosa, 29, mineiro radicado em Ribeirão há 13 anos e um dos brasileiros favoritos ao pódio.
"Respeito a força dos africanos, mas sei que tenho grandes chances de ficar entre os cinco", disse Barbosa, que na edição do ano passado conquistou um modesto 22º lugar. Outro atleta de ponta da região é Anoé dos Santos Dias, 28, de Jardinópolis, terceiro colocado no ano passado -melhor posição entre os brasileiros.
"Os outros atletas não treinam no chão quente como nós fazemos. A maior parte dos adversários treina em regiões frias. É uma vantagem nossa", afirmou o atleta, que também se coloca entre os favoritos ao pódio e agora quer deixar de lado a imagem de azarão. No ano passado, foi a grande surpresa da prova masculina.
"Agora os adversários já me conhecem. Por um lado é bom, pelo respeito, mas por outro lado há a cobrança, a responsabilidade de conseguir um bom resultado."
Entre as mulheres, a atleta de Sertãozinho Maria Zeferina Baldaia, 36, surge novamente como um dos nomes mais fortes. Vencedora da prova em 2001, a atleta volta a Sertãozinho na quinta-feira para tomar posse como vereadora. Foi a terceira mais votada do município, com 1.870 votos, pelo PSDB.
Na última São Silvestre, Zeferina terminou na terceira colocação, atrás de Alice Timbilili, do Quênia, e de Marizete Rezende, 34, de Araraquara, que também já venceu a prova, em 2002. Goiana, ela treina em Araraquara e tem boas chances de chegar ao pódio.
As duas atletas têm a chance de conquistar feito inédito. Até hoje, nenhuma brasileira venceu a prova, mais tradicional do atletismo nacional, duas vezes. Nesta edição, mais de 20 mil atletas foram inscritos, número limite imposto pela organização da corrida.


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