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Químico de panela antiaderente diminui o efeito de vacinação

Problema foi observado em crianças de sete anos, afirma estudo

DE SÃO PAULO

Uma classe de compostos químicos, usados em revestimentos de panelas antiaderentes, embalagens de fast-food e roupas à prova d'água, está associada a uma menor resposta imunológica de vacinas em crianças.

A conclusão é de um estudo publicado ontem no "Journal of the American Medical Association". Essa é a primeira pesquisa a descrever o efeito em humanos. Estudos anteriores já haviam demonstrado que os compostos perfluorados (PFC, na sigla em inglês) suprimiam a resposta imune em ratos, mas as informações sobre os efeitos em pessoas eram insuficientes.

Os pesquisadores estudaram crianças nascidas entre 1999 e 2001 nas ilhas Faroë, território da Dinamarca.

Cerca de 580 delas foram acompanhadas e fizeram testes para verificar a resposta imunológica às vacinas contra tétano e difteria quando tinham cinco e sete anos. O nível do composto químico no sangue foi medido durante a gestação, nas mães, e nas crianças aos cinco anos.

Os resultados mostraram que a exposição ao químico estava associada a uma menor eficácia da vacina e a um risco maior de a criança ter níveis de anticorpos menores que os necessários para ter proteção a longo prazo.

Uma concentração duas vezes maior de três tipos dos compostos perfluorados estava associada a uma resposta imunológica 49% menor em crianças de sete anos.

Os pesquisadores, no entanto, não avaliaram se as crianças com resposta imunológica menor de fato desenvolveram tétano ou difteria mais tarde.

A maioria dos norte-americanos têm compostos perfluorados no organismo.

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