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Testes no Ceará não confirmam superbactéria em pacientes

Suspeita foi levantada após morte de duas pessoas contaminadas

LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO

Os cinco pacientes que estavam isolados em um hospital de Fortaleza, com suspeita de infecção pela superbactéria KPC, não estão contaminados com ela.

Segundo o Instituto do Câncer, onde eles estão internados, os resultados dos exames realizados nos pacientes foram negativos.

Os testes ficaram prontos neste domingo e os resultados foram divulgados ontem.

A suspeita foi levantada porque há cerca de duas semanas duas pessoas morreram no hospital com indícios de infeção pela KPC. Nos dois casos, os testes apontaram a presença da superbactéria.

A Secretaria de Saúde do Estado, no entanto, afirma que ainda será preciso fazer um novo teste para confirmar a infecção pela KPC.

De acordo com o diretor clínico da unidade, Reginaldo Ferreira da Costa, os cinco pacientes que também tinham suspeita de contaminação estavam isolados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde o dia 10.

Quatro deles já retornaram para a enfermaria e um permanece internado na UTI devido a seu estado de saúde.

A KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) é um organismo super-resistente a antibióticos, que provoca infecções hospitalares.

A falta de controle sobre infecções hospitalares e o uso indiscriminado de antibióticos nas instituições foram fatores levantados como possíveis causas do problema.

Há tratamento, mas com antibióticos mais fortes.

Entre 2009 e 2010, mais de 180 pessoas foram contaminadas no Distrito Federal pela KPC e 18 morreram. Em São Paulo, 24 mortes foram atribuídas à infecção no período.

Em 2010, a Vigilância Sanitária tornou obrigatória a retenção de receita de antibióticos nas farmácias. A ideia foi reduzir o uso indiscriminado de antibióticos.

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