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Cresce vacinação contra HPV em mulheres mais velhas GIULIANA MIRANDADE SÃO PAULO Na bula, a vacina contra o HPV é recomendada até os 26 anos. Mas cresce o número de médicos que recomendam a imunização para mulheres que passaram dessa idade. Na última terça-feira, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, promoveu um simpósio com especialistas do Brasil e do exterior para discutir o tema. "O ideal é que se vacine por volta dos dez anos. Mas eu recomendaria em qualquer idade. Estudos mostram que a vacina funciona em mulheres até os 44 anos", disse o médico Darron Brown, da Universidade Yale (EUA). O uso "off label" (diferente do recomendado na bula) já está tão difundido que aparece nos sites e materiais de divulgação de clínicas. Mas a vacinação de mulheres mais velhas levanta um debate: pacientes que já tiveram contato com o HPV devem ser imunizadas? "Temos visto que a vacinação após a infeção vale a pena. A mulher que foi contaminada com um tipo de HPV ainda pode ser protegida contra os outros", afirma a médica Adriana Campaner, da Santa Casa de São Paulo. PIONEIRA A Austrália adotou a vacina em 2007. Em palestra em São Paulo, Basil Donovan, da Universidade de Nova Gales do Sul, de Sidney, disse que a prevalência de câncer do colo do útero em mulheres jovens caiu mais de 10% nos últimos anos. Segundo ele, ocorreu o fenômeno chamado "efeito de manada". Só as meninas foram vacinadas, mas isso ajudou a barrar a circulação do vírus entre os homens heterossexuais, o que, por sua vez, reduziu a contaminação das mulheres não vacinadas. A imunização, feita em três doses, não é oferecida pelo SUS -o Ministério da Saúde ainda não incluiu a vacina no calendário oficial do país. Na rede particular, ela custa em torno de R$ 900. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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