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PESQUISA
Enfermeiros não lavam as mãos antes de ter contato com paciente
DE SÃO PAULO - Enfermeiros e
auxiliares só cumprem as
orientações de higienizar as
mãos antes de procedimentos
em 41% dos casos em que isso
é indispensável.
A constatação é de um estudo feito em um hospital oncológico dos Estados Unidos por
pesquisadores da Universidade de Miami (nos EUA) e de
Windsor (no Canadá).
Eles avaliaram 612 procedimentos considerados de alto
risco como tirar sangue, trocar
roupas usadas na cirurgia,
substituir bolsa coletora de
urina e aspirar as vias aéreas.
Também incluíram atividades de baixo risco, como dar
remédios pela boca.
A Organização Mundial da
Saúde propôs neste ano uma
mobilização em todo o mundo
para conscientizar instituições
e profissionais de saúde da importância de lavar as mãos.
De 40% a 50% das infecções hospitalares são transmitidas por meio das mãos, sobretudo por profissionais de
saúde, de acordo com Artur Timerman, chefe da comissão de
controle de infecção hospitalar do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos.
"A indicação é óbvia: desde
o aperto de mão até os procedimentos complexos, é preciso
lavar as mãos. E com água e
sabonete: muitos colocam as
mãos embaixo d'água por alguns segundos", diz.
Timerman estima que, no
Brasil, a situação seja ainda
pior: "Se um terço [dos profissionais de saúde] fizer o procedimento correto, é muito. A
minha impressão é que os visitantes se preocupam mais com
essa norma do que o próprio
médico ou enfermeiro".
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