São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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Aleitamento médio aumentou e fumo na gravidez diminuiu

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo de Pelotas trouxe também duas boas notícias: a duração média do aleitamento materno aumentou e o índice de tabagismo durante a gestação diminuiu.
Enquanto em 1982 a média de meses de aleitamento era de 3,1, em 2004 foi de 6,8 meses.
O aleitamento materno exclusivo -sem dar nenhum outro alimento- aos três meses de idade da criança, praticamente inexistente em 1982, alcançou um terço dos bebês em 2004. A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que a mãe dê apenas o leite do peito ao longo dos primeiros seis meses.
Para Aluísio Barros, o aumento se deve ao fato de os pediatras estarem mais informados sobre os benefícios do leite materno para o desenvolvimento da criança e a campanhas de conscientização. "É um processo lento de mudança, mas está se conseguindo passar a informação à população de que a amamentação faz bem para a saúde física e psicológica da mãe e da criança."
Já a porcentagem de mães fumantes, que era de 35,6% em 1982, caiu para 25,1% no levantamento de 2004. Mas a diferença entre mulheres com maior e menor renda é grande.
Enquanto 34% daquelas que ganham menos de um salário mínimo fumaram em algum momento da gravidez, apenas 9% das que recebem mais de dez salários mínimos tiveram o mesmo comportamento.
"Os mais ricos conseguem incorporar hábitos saudáveis com mais velocidade. Têm mais informação, mais recursos financeiros", afirma Barros.
O pesquisador diz que, em relação ao aleitamento materno, não houve diferença significativa entre mães com maior e menor renda. (FM)


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