São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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Plantão médico

Novos tempos para os idosos

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A operação a que foi submetido o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, 82, na terça-feira passada, no Rio de Janeiro, mostra que a cirurgia cardíaca brasileira atende a todas as faixas etárias.
Desde os recém-nascidos com suas cardiopatias congênitas, passando pelos adultos jovens das coronárias comprometidas e alcançando agora os adultos bem idosos, com problemas cardíacos relacionados à idade avançada.
Como foi o caso da substituição por uma prótese da valva aórtica estreitada, que pode surgir em idosos com mais de 60 anos de idade, mesmo sem antecedentes cardíacos. Ivo Pitanguy tem um histórico de adepto da prática de esportes, entre eles a pesca submarina.
A estenose aórtica é o estreitamento do orifício da valva, que passa a dificultar o fluxo sangüíneo do coração (ventrículo esquerdo) para a aorta (porção ascendente) e daí, por continuidade dessa artéria, o sangue é distribuído para todo o organismo.
A cirurgia da ponte de safena aorto-coronária, introduzida pelo argentino Renée Favaloro na Cleveland Clinic, EUA, há cerca de 40 anos, passou a ser empregada em pacientes com mais de 70 anos nos Estados Unidos em 1985.
Atualmente, desde que não exista contra-indicação clínica, pacientes acima dos 80 anos já fazem parte do grupo de operados do coração, visando principalmente uma sobrevida independente e ativa.
Entretanto, por melhor que seja a evolução pós-operatória do idoso, a possibilidade de eventuais complicações relacionadas ao próprio ato operatório podem surgir e não estão relacionadas à idade do paciente.

julio@uol.com.br


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