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Plantão médico
Novos tempos para os idosos
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
A operação a que foi submetido o cirurgião plástico
Ivo Pitanguy, 82, na terça-feira passada, no Rio de Janeiro, mostra que a cirurgia
cardíaca brasileira atende a
todas as faixas etárias.
Desde os recém-nascidos
com suas cardiopatias congênitas, passando pelos
adultos jovens das coronárias comprometidas e alcançando agora os adultos bem
idosos, com problemas cardíacos relacionados à idade
avançada.
Como foi o caso da substituição por uma prótese da
valva aórtica estreitada, que
pode surgir em idosos com
mais de 60 anos de idade,
mesmo sem antecedentes
cardíacos. Ivo Pitanguy tem
um histórico de adepto da
prática de esportes, entre
eles a pesca submarina.
A estenose aórtica é o estreitamento do orifício da
valva, que passa a dificultar o
fluxo sangüíneo do coração
(ventrículo esquerdo) para a
aorta (porção ascendente) e
daí, por continuidade dessa
artéria, o sangue é distribuído para todo o organismo.
A cirurgia da ponte de safena aorto-coronária, introduzida pelo argentino Renée
Favaloro na Cleveland Clinic, EUA, há cerca de 40
anos, passou a ser empregada em pacientes com mais de
70 anos nos Estados Unidos
em 1985.
Atualmente, desde que
não exista contra-indicação
clínica, pacientes acima dos
80 anos já fazem parte do
grupo de operados do coração, visando principalmente
uma sobrevida independente e ativa.
Entretanto, por melhor
que seja a evolução pós-operatória do idoso, a possibilidade de eventuais complicações relacionadas ao próprio
ato operatório podem surgir
e não estão relacionadas à
idade do paciente.
julio@uol.com.br
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