São Paulo, terça-feira, 03 de agosto de 2010

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FOCO

Filme "Positivas" mostra o risco em relações estáveis

Divulgação
Rosária Rodriguez, uma das personagens do documentário, recebe a equipe de filmagem na sua casa, em Savador

DE SÃO PAULO

Mulheres casadas, às vezes com o parceiro da vida, compõem o perfil de 64% das infectadas por HIV no Brasil.
Esse é o tema do documentário "Positivas", um dos destaques da sexta edição de Cinema Mostra Aids, que começa no dia 12 e vai até 19 no Espaço Unibanco Augusta e no Cine Olido, em São Paulo.
O filme mostra as histórias de sete mulheres contaminadas em relações estáveis. Algumas trabalham, outras são donas de casa, criam filhos, têm netos.
São casos como o de Maria Medianeira, que pensou ter achado o homem de sua vida aos 44 e, meses depois, descobriu-se contaminada.
Nenhuma imaginava que pudesse estar tão perto da Aids e muitas foram diagnosticadas quando já apresentavam sintomas.
"A gente pensa que o casamento é uma instituição que protege contra a doença e nem imagina que precisa se prevenir", diz a diretora do documentário, Susanna Lira.
De fato, houve uma feminilização da Aids nos últimos dez anos, principalmente na faixa acima dos 50 anos.
Lira diz que seu filme "encara o véu de hipocrisia que cobre alguns casamentos".
Não foi fácil achar quem topasse mostrar o rosto ao expor sua história. "Ainda há muito preconceito." (GC)


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