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Pesquisa relaciona peso ao nascer e leucemia infantil
Meta-análise de 32 estudos mostra que peso alto eleva em 35% o risco de desenvolver a doença
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma meta-análise de 32 estudos mostrou uma relação entre peso ao nascer e o aumento
do risco de leucemia infantil.
Segundo o trabalho, realizado
pela Escola de Saúde Pública de
Havard, o peso elevado no nascimento aumenta em 35% o
risco total da doença.
Mais especificamente, nascer com alto peso eleva em 23%
o risco de leucemia linfoblástica aguda (a mais comum na infância) e em 40% o risco de leucemia mieloide aguda.
O baixo peso ao nascer também está relacionado ao risco
49% maior de desenvolver leucemia mieloide aguda. Na
maioria dos estudos, foram
considerados abaixo do peso
normal bebês com menos de
2,5 kg e acima do peso os que
nasceram com mais de 4 kg.
Os pesquisadores acreditam
que a doença infantil se inicie
no útero. Para eles, é importante investigar quais fatores influenciam, ainda durante a gravidez, o aumento do risco de
leucemia na infância
Para Vicente Odone Filho,
professor de oncologia e hematologia pediátrica da Faculdade
de Medicina da USP, essas informações são úteis para novos
estudos, mas não devem ser
motivo de preocupação para os
pais. "Não há a menor justificativa de ficar acompanhando
uma criança que nasceu com
peso mais alto ou mais baixo
para ver se ela terá leucemia ou
não", pondera.
A leucemia é a doença maligna mais incidente na infância,
respondendo por cerca de 30%
dos casos de câncer infantil.
Entre as crianças até 14 anos,
uma em cada 25 mil desenvolverá o problema.
Os sintomas entre os diferentes tipos da doença podem
variar e são causados pelo prejuízo na produção dos glóbulos
vermelhos (que causa anemia),
dos glóbulos brancos (que favorece infecções) e das plaquetas.
Entre os sinais, estão palidez,
cansaço, sonolência, manchas
roxas não relacionadas a traumas, risco maior de infecção,
gânglios aumentados e dor nos
ossos. Crianças pequenas podem mancar ou apresentar dificuldades para andar.
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