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FOCO
Livro retrata o cotidiano de pessoas com hepatite no Acre
DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em algumas comunidades
ribeirinhas da Amazônia, o
índice de contaminação das
hepatites B e D chega a 40%.
A média de infectados no
Acre, considerada a maior do
mundo, é de 1,3%.
A vida dos doentes da região é o tema do livro "Rumores do Silêncio" (Ed. Manole), uma reportagem feita pelo jornalista e escritor Sergio
Vilas-Boas e pelo fotógrafo
Luciano Candisani.
"A ideia era mostrar, sem
sentimentalismos, o dia a dia
das pessoas que convivem
com essas doenças e as dificuldades logísticas que os
médicos e pesquisadores enfrentam para ter acesso a
elas", diz Vilas-Boas.
A hepatite D, ou Delta,
acomete apenas portadores
do tipo B e é uma das formas
mais agressivas da doença.
Quando não é tratada, evolui
para cirrose ou câncer em um
período de até seis anos.
O contágio entre membros
da mesma família ajuda a
manter o índice da região nas
alturas. Ele acontece por
meio de alicates de unha, lâminas, lenços, pentes e escovas de dente, mas também
pelo costume de compartilhar camas e quartos.
"Os parentes dormem na
mesma cama, aí uma picada
de inseto gera uma erupção
que pode contaminar outras
pessoas", diz Vilas-Boas.
O livro concorre ao prêmio
Jabuti 2010, nas categorias
projeto gráfico, capa e livro-reportagem, e sua distribuição é feita gratuitamente em
congressos médicos.
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