São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2010

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FOCO

Livro retrata o cotidiano de pessoas com hepatite no Acre

DANAE STEPHAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em algumas comunidades ribeirinhas da Amazônia, o índice de contaminação das hepatites B e D chega a 40%. A média de infectados no Acre, considerada a maior do mundo, é de 1,3%.
A vida dos doentes da região é o tema do livro "Rumores do Silêncio" (Ed. Manole), uma reportagem feita pelo jornalista e escritor Sergio Vilas-Boas e pelo fotógrafo Luciano Candisani.
"A ideia era mostrar, sem sentimentalismos, o dia a dia das pessoas que convivem com essas doenças e as dificuldades logísticas que os médicos e pesquisadores enfrentam para ter acesso a elas", diz Vilas-Boas.
A hepatite D, ou Delta, acomete apenas portadores do tipo B e é uma das formas mais agressivas da doença. Quando não é tratada, evolui para cirrose ou câncer em um período de até seis anos.
O contágio entre membros da mesma família ajuda a manter o índice da região nas alturas. Ele acontece por meio de alicates de unha, lâminas, lenços, pentes e escovas de dente, mas também pelo costume de compartilhar camas e quartos.
"Os parentes dormem na mesma cama, aí uma picada de inseto gera uma erupção que pode contaminar outras pessoas", diz Vilas-Boas.
O livro concorre ao prêmio Jabuti 2010, nas categorias projeto gráfico, capa e livro-reportagem, e sua distribuição é feita gratuitamente em congressos médicos.


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