São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

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Motel em Heliópolis vira clínica pública para tratar dependentes químicos

Bruno Fernandes/Folha Imagem
Quarto adaptado da clínica, que terá 80 leitos para crianças, adolescentes e adultos

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo inaugurou ontem o primeiro serviço público de atenção a dependentes de álcool e drogas com leitos de curta permanência. A clínica funcionará em uma área em Heliópolis (zona sul) onde havia um motel construído irregularmente em terreno público.
Os quartos foram adaptados -cada um terá três camas-, o que permitirá o funcionamento de 80 leitos (oito infantis, 32 para adolescentes e 40 para os adultos).
De acordo com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a prioridade será para dependentes que frequentavam a Cracolândia, rebatizada pela prefeitura de Nova Luz.
Para receber o tratamento, o dependente terá de ser encaminhado pelas Unidades Básicas de Saúde, pelos Centros de Atendimento Psicossocial ou por hospitais.
Nessa primeira fase, começarão a funcionar 20 leitos masculinos. A prefeitura estima que até o final de abril a clínica esteja funcionando com toda a capacidade, ao custo de R$ 1,5 mi por mês.
O projeto tem parceria com o Hospital Samaritano, que mantém, desde o ano passado, um programa semelhante com a Secretaria de Estado da Saúde em Cotia (Grande SP).
Segundo Sérgio Lopes Bento, superintendente do hospital, será mantido o modelo norte-americano, com atendimento médico, psicológico e nutricional, além de espaços de convivência e lazer, envolvendo 600 profissionais.
A expectativa da prefeitura é atender 500 dependentes por ano. O tempo de permanência do paciente nessa unidade é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias. Após esse período, se necessário, o paciente será encaminhado para internação em uma clínica conveniada.


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